A candidata do PCB à presidência, Sofia Manzano, informou à Justiça Eleitoral ter R$ 480 mil em bens.
O valor é superior ao declarado por ela na eleição de 2014, quando foi candidata a vice-presidente na chapa encabeçada por Mauro Iasi (PCB). Naquele ano, Manzano informou ter R$ 120.000 mil em bens.
Já Antônio Alves, vice na chapa, declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) R$ R$13.300 mil em bens. Ele é jornalista e ainda não tem experiência eleitoral. Começou na política por meio do movimento sindical.
Veja a lista de bens declarados:
Sofia Manzano
- Apartamento: R$200.000,00
- Casa: R$294.000,00
- Caderneta de poupança: R$4.000,00
Antônio Alves
- Veículo automotor terrestre: R$12.000,00
- Depósito bancário em conta corrente no país: R$1.300,00
Registro de candidatura
O Partido Comunista Brasileiro (PCB) lançou oficialmente em 30 de julho a candidatura de Sofia Manzano à Presidência da República. O partido realizou convenção nacional em São Paulo. O nome de Sofia foi confirmado por aclamação.
O partido também lançou Antônio Alves para compor a chapa como vice-presidente.
Apesar da orientação de esquerda, o PCB decidiu rejeitar aproximação no primeiro turno com o Partido dos Trabalhadores. Esta é a quinta eleição seguida em que o PCB não fecha com o PT no primeiro turno.
Para o PCB, o PT e, em especial o candidato do partido à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, aproximaram-se da direita desde o segundo mandato de Lula à frente do Palácio do Planalto.
Em seu discurso, Sofia defendeu alterações na lei que, segundo a candidata, vão beneficiar os trabalhadores. Entre as mudanças listadas por Sofia estão a revogação da reforma da Previdência, da reforma trabalhista e do teto de gastos.
“Temos que ir para a ofensiva. Temos que revogar a reforma trabalhista, temos que revogar as reformas previdenciárias feitas desde o governo FHC, mas também nos governos petistas, e a última reforma [aprovada no governo do presidente Jair Bolsonaro]. Temos que revogar a lei do teto de gastos e a lei de responsabilidade fiscal, que impede que os recursos públicos sejam destinados para o setor público”, afirmou a candidata.
Ela ressaltou que classe trabalhadora vem passando, nos últimos anos, por sucessivas perdas de direitos e degradação das condições de trabalho. Por isso, a candidata defende a redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais.
“Nós temos visto que lutar pela redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais, sem redução salarial, tem tomado corações e mentes. A classe trabalhadora entende que essa é a única forma de termos, num curto espaço de tempo, a melhoria de vida da nossa população”, argumentou a candidata.