Reconhecimento nacional: Globo.com destaca entrevista de Pezão ao ClickPB

O site da maior emissora de TV do Brasil, Rede Globo, destacou nesta segunda-feira (18) a entrevista do lutador de MMA, Pezão ao portal de notícias ClickPB. Na matéria do jornalista, Janildo silva, Pezão revelou detalhes para “derrubar” o seu adversário na próxima Luta, Cain Velasquez.

Leia a matéria completa:

O peso-pesado Antônio Pezão já está se preparando para a luta contra o americano Cain Velásquez pelo cinturão da categoria do UFC. Escolado após a derrota para o rival na primeira vez em que se enfrentaram, Pezão garantiu, em entrevista ao site “ClickPB” que estará mais preparado para o estilo do adversário na segunda luta.

– Vou ter que trabalhar a minha movimentação, minha parte de wrestling, continuar fazendo meu trabalho de mão com o meu treinador de striking, que vem dando muito certo. O Cain Velásquez é um ótimo lutador de wrestling, bota bem pra baixo, e eu tenho que tentar anular o máximo que eu puder esse jogo dele, mantendo meu jiu-jítsu em dia. Mas é uma luta de peso-pesado, e se eu colocar a mão nele do jeito certo, pode acabar a luta bem rápido. Quero fazer a defesa e bater ao mesmo tempo, porque não adianta só defender. Se eu fizer isso, vou entrar no jogo de wrestling dele, e vou me cansar e me desgastar, enquanto ele ficará bem, porque esse é o jogo dele. O negócio é encaixar logo a mão, porque quando ele sentir o peso, vai pensar duas vezes antes de tentar me colocar pra baixo novamente.

Com bastante tempo pela frente até a luta contra Velásquez, que acontece dia 25 de maio, em Las Vegas, Pezão garante que sua parte física está muito boa, por ter tido pouco tempo de descanso após a luta contraAlistair Overeem.

– Ainda tenho 15 semanas para a luta contra o Velásquez. Lutei dia 2 de fevereiro, descansei só uma semana e já voltei aos treinamentos novamente. Minha parte de resistência está muito boa, porque tive pouco tempo de descanso. Agora vou começar um trabalho de base, de parte técnica de jiu-jítsu, de wrestling e de muay thai. A preparação para a luta começa mesmo em seis semanas, e nas próximas sete semanas vou fazer muita repetição, muita parte técnica e melhorar minha movimentação, corrigir os defeitos e aprimorar o que eu tenho de bom, que é o “ground and pound”.

O brasileiro também revelou que deverá treinar com Glover Teixeira para seu próximo duelo.

– Tudo depende da luta e do adversário que você vai enfrentar. Para a luta que passou, contra o Overeem, eu tive Pedro Rizzo e Vitor Miranda, que provavelmente estarão comigo para essa luta contra o Velásquez, além do Glover Teixeira, com quem eu já falei e ele estará aqui se não tiver nenhuma luta marcada.

A repercussão de sua vitória, maior até do que a defesa de cinturão de José Aldo, emocionou o gigante paraibano.

– Muita gente comentou, recebi muitas mensagens, meus pais, que moram em Campina Grande e meu irmão sempre estão me passando muita coisa. Fiquei muito lisongeado com o carinho que venho recebendo de todos os brasileiros, e até dos americanos que não acreditavam em mim. Muita gente que não torcia passou a torcer e a ser fã. Fico muito feliz em representar bem a Paraíba e o Brasil.

Pezão também falou sobre o que teria dito a Overeem logo após o árbitro Herb Dean encerrar a luta – e ter que contê-lo ainda no octógono.

– Eu falei pra ele levantar que eu queria lutar, e mandei ele me respeitar. Muita gente achou que eu queria bater mais, mas foi só um desabafo. Eu queria olhar na cara dele e mandar ele lutar, porque houve muito desrespeito da parte dele comigo. Somos profissionais e tem que haver respeito mútuo. Da mesma forma que ele treina, eu também treino, me dedico, tenho a minha família, e acho que tem que haver respeito, algo que não houve da parte dele. Mas agora tenho certeza que na próxima luta ele vai ter mais respeito pelo adversário, que é o Cigano. Ele vai respeitar mais e falar bem menos.

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O peso-pesado aproveitou para pedir mais apoio ao esporte e aos atletas paraibanos.

– Tive muita dificuldade para chegar aonde eu estou, principalmente no meu estado e na cidade de Caampina Grande, muita gente não acreditava e ainda não acredita no esporte. Não tem apoio a tanta gente boa. Tem muito atleta bom não não na Paraíba, mas no país todo, e falta apoio financeiro, porque o atleta tem que trabalhar edepois do trabalho ainda tem que ir treinar, indo de 6h às 18h. Muita gente tem família como eu, que tinha a minha filha. Eu insisti. Comecei como vendedor de peças, depois como segurança, passei pra vigilante e, antes de começar como atleta eu trabalhava em carro forte, em João Pessoa. Mas nunca abandonei, meus pais sempre me incentivaram e me ajudaram. Nunca tive uma condição boa, mas meus pais sempre estiveram do meu lado, me ajudando da forma que podiam. A gente vê muita gente que desiste na metade do caminho tendo talento, disposição e vontade, mas não tendo apoio financeiro. Isso complica, porque muita gente não aguenta por ter que treinar e trabalhar. Espero que, agora, as pessoas vendo que eu cheguei onde estou tendo saído de uma ciddade pequena da Paraíba, elas também podem chegar onde eu cheguei e serem melhores do que eu até. Quem sabe o estado não pode valorizar e ajudar os atletas da Paraíba? – finalizou.