COPA 2006

Encanto e decepção opõem Argentina e México nas oitavas

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O encanto criado pela maior goleada da Copa do Mundo na primeira fase, capaz até de apagar a desconfiança inicial de torcida e imprensa, é o que a Argentina tentará aplicar no seu jogo de oitavas-de-final contra o México, seleção que embarcou para a Alemanha apoiada em uma preparação de mais de dois meses, apostando em chegar no mínimo às semifinais e que chega ao confronto com um ataque que pouco funciona e com a confiança abalada pelo desempenho no Grupo D.

“Estas partidas são como clássicos de clubes em países distintos, e não importa como cada equipe tenha chegado para o confronto. Será um encontro definitivo”, resumiu o zagueiro Ayala, de 33 anos, um dos mais experientes do elenco e capitão da Argentina contra a Holanda, em substituição a Sorín, que reassumirá a tarja a partir de agora.

Sensação imediata da competição ao aplicar 6 a 0 na Sérvia e Montenegro, a Argentina tem como desafio afastar a pecha de favorito apregoada à equipe, que após efetivar sua classificação como primeira colocada do Grupo C já tratou de encher o México de elogios e tratar o mata-mata como altamente disputado e imprevisível.

Dona do melhor ataque, ao lado de Alemanha e Espanha, a Argentina estará no Zeltralstadion de Leipzig, às 16h (de Brasília), para manter o ritmo imposto pelo ataque titular formado por Saviola e Crespo e usar as ‘sombras’ Messi e Tevez como peças fundamentais para eventuais dificuldades impostas pelos mexicanos.

“Messi e Tevez não começarão jogando contra o México porque, apesar de terem me deixado satisfeito contra a Holanda, a equipe começou assim e teve boas partidas”, disse Pekerman, que viu nas duas primeiras rodadas a Argentina funcionar exatamente como planejava, sólida na defesa e veloz e insinuante no ataque, que marcou oito gols em dois jogos.

Seguro sobre a eficiência de sua dupla ofensiva titular nas vitórias contra Costa do Marfim e Sérvia e Montenegro, o técnico José Pekerman gostou do desempenho de seus atacantes reservas na partida contra a Holanda, que serviu como laboratório de observações para mexidas futuras, mas já deixou claro que vai apostar na experiência no início da partida.

“A equipe está muito confiante. Jogaram atletas diferentes e mesmo quem não estava atuando não deixou o ritmo da equipe cair. Há uma solidariedade muito grande no grupo que me permite fazer alterações”, antecipou Pekerman, que mesmo abandonando o mistério sobre a formação de sua dupla de ataque preferiu guardar segredo sobre duas eventuais alterações, uma na lateral e outra no meio-campo.

Titular da Argentina por menos de 20 minutos na segunda partida, o volante Lucho González ainda não foi inteiramente descartado por Pekerman para substituir Cambiasso. Já Burdisso, preferido para ocupar o lado direito da defesa argentina, saiu contundido contra a Holanda e vem fazendo tratamento intensivo, mas sua vaga deve ser ocupada pelo improvisado zagueiro Coloccini.

Já o México vive situação exatamente oposta à da Argentina, depois da auto-confiança da equipe ficar abalada com um empate sem gols contra Angola e a derrota para Portugal, que a deixou em segundo lugar do Grupo D, com quatro pontos, cinco a menos que os portugueses e com uma produção ofensiva muito baixa -quatro gols- e dúvidas de escalação.

Concentrada desde o início de abril apostando em um entrosamento perfeito à base de muito treinamento, a seleção mexicana chega às oitavas deixando em pressão o técnico Ricardo La Volpe, ex-goleiro que fez parte do elenco da seleção argentina campeão do mundo de 1978.

No comando da seleção mexicana há três anos, La Volpe ajudou a colocar a equipe na quarta colocação do ranking da Fifa e, consequentemente, na cabeça-de-chave do Grupo D da Copa do Mundo. Os resultados irregulares nos amistosos antes da estréia e a tumultuada relação com a imprensa local o deixaram sob pressão, ao ponto de, nesta semana, o técnico chegar a jogar água em alguns fotógrafos.

Para complicar, o México pode enfrentar a Argentina com uma dupla de ataque que, caso seja confirmada pelo técnico Ricardo La Volpe, fará sua primeira partida na Copa. Testado contra Portugal, Fonseca ganha força para começar ao lado de Borgetti, maior ganhador das eliminatórias da Concacaf, com 14 gols, e goleador máximo da história da seleção mexicana -38 gols em 75 jogos. A escalação, porém, só será confirmada em cima da hora.

A vaga de titular na equipe mexicana, no entanto, não tem significado muita coisa na Copa da Alemanha. Jogadores importantes do esquema que se destacaram na primeira rodada, por exemplo, vivem momento instável, o que torna a atuação do México uma incógnita neste sábado.

Brasileiro naturalizado mexicano, o meia Zinha marcou contra o Irá, mas voltou a sentir dores no joelho, operado no fim de fevereiro. Contra Angola, foi substituído, e diante de Portugal, entrou só no segundo tempo. Já Bravo, autor de dois gols na primeira partida, perdeu pênalti na última rodada.

Para completar o turbulento clima que vem envolvendo a seleção do México, o goleiro Sánchez jogará sua segunda partida consecutiva após ter viajado às pressas para seu país em razão da morte de seu pai, na semana de abertura da competição.

Argentina
Abbondazieri, Coloccini, Ayala, Heinze e Sorín; Cambiasso, Mascherano, Maxi Rodriguez e Riquelme; Saviola e Crespo.

México
Sánchez; Salcido, Rafa Márquez e Osório; Mendez, Torrado, Pardo, Zinha e Pineda ; Fonseca e Borgetti.

Local: Zeltralstadion, em Leipzig
Capacidade: 38.898 lugares
Árbitro: Massimo Busacca (SUI)
Assistentes: Matthias Arnet e Francesco Buragina (SUI)
Horário: 16h (de Brasília)


Fonte: Uol

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