Após visitar o Yad Vashem, o Centro de Memória do Holocausto, em Jerusalém, o presidente Jair Bolsonaro afirmou “não ter dúvidas” de que o nazismo foi um movimento de esquerda. A declaração foi feita em entrevista coletiva no final da agenda oficial do presidente nesta terça-feira (2).
Ao ser questionado sobre as afirmações do chanceler Ernesto Araújo que definiu o nazismo como de esquerda, Bolsonaro disse concordar com seu ministro das Relações Exteriores.
O presidente aderiu à exótica tese de seu chanceler, Ernesto Araújo, e afirmou em Jerusalém que o nazismo, “sem dúvidas”, foi um movimento de esquerda. “O nome não é Partido Nacional Socialista?”, rebateu a uma pergunta da imprensa, referindo-se ao Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, de Adolf Hitler.
O museu, porém, não faz a mesma leitura do presidente e do chanceler brasileiros. “O Partido Nazista foi a consequência de um pequeno círculo extremamente antissemita e de direita que começou a se reunir em novembro de 1918”, informa em seu portal na internet.
O museu recorda a morte de 6 milhões de judeus, no movimento liderado por Adolf Hitler no período da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Durante a visita, Bolsonaro afirmou ainda:
— Aquele que esquece o seu passado está condenado a não ter futuro — disse o brasileiro, depois de visitar a exposição de fotos “Flashes of Memory” e assinar o livro de honra.
O presidente fica em Israel até a manhã de quarta-feira (3).