Mil leitos

Após dez dias, China conclui hospital para pacientes com novo coronavírus

O hospital foi construído a cerca de 30 km do centro da cidade de Wuhan, epicentro do coronavírus 2019-nCoV, do qual ainda não se sabe a origem específica, e vai oferecer mil leitos.

Após dez dias, China conclui hospital para pacientes com novo coronavírus

O centro de saúde, cuja construção teve início no dia 24 de janeiro, foi formalmente entregue neste domingo — Foto:Reprodução

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A China deve inaugurar, nesta segunda (3), um dos dois hospitais dedicados exclusivamente a pacientes infectados pelo novo coronavírus. O centro de saúde, cuja construção teve início no dia 24 de janeiro, foi formalmente entregue neste domingo (2), segundo informações do canal estatal chinês CGTN.

O hospital foi construído a cerca de 30 km do centro da cidade de Wuhan, epicentro do coronavírus 2019-nCoV, do qual ainda não se sabe a origem específica, e vai oferecer mil leitos.

Mais de 4.000 pessoas trabalharam dia e noite para concluir a construção do hospital a tempo –alguns dormindo somente quatro horas por noite, de acordo com a agência estatal de notícias chinesa Xinhua. O projeto para construção do centro de saúde ficou pronto em 24 horas.

O governo chinês enviou 1.400 profissionais de saúde das forças armadas para atender os pacientes que chegarão ao hospital Huoshenshan.

A CGTN afirma que muitas das equipes médicas que serão alocadas no novo centro já têm experiência com casos como o coronavírus 2019-nCoV por terem participado da tentativa de contenção da Sars (síndrome respiratória aguda grave), na própria China, e no combate ao ebola em Serra Leoa e na Libéria.

O novo coronavírus tem 80% de similaridade com o vírus da Sars (também um coronavírus), responsável por um surto, entre 2003 e 2004, que teve 8.096 casos e 774 mortes, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde).

Durante o surto da Sars, a China também fez esforços para colocar de pé, no subúrbio de Pequim, o hospital temporário Xiaotangshan em apenas seis dias.

De acordo com a CGTN, neste domingo o hospital estava praticamente pronto, mas os equipamentos internos ainda não estavam instalados.

Um segundo equipamento de saúde para infectados pelo novo coronavírus está em construção também na cidade Wuhan. O hospital Leishenshan “deve ter 1.500 leitos e estar pronto no dia 5, com previsão para receber pacientes já no dia seguinte.

A velocidade para construção dos equipamentos de saúde contrasta com a demora do país para notificar o início do surto, o que tem atraído críticas para a ação do governo chinês.

O primeiro caso do novo vírus teria surgido em 8 de dezembro. A Organização Mundial da Saúde só teve ciência da situação em 31 de dezembro.

Enquanto isso, as autoridades de Wuhan, o epicentro da epidemia, insistiam que tudo estava sob controle.

Oito pessoas que publicaram sobre o coronavírus em redes sociais chegaram a ser questionadas pela polícia por estarem supostamente espalhando rumores.

A imprensa também teve seu trabalho dificultado para noticiar o surto.

Jornalistas de Hong Kong foram detidos pela polícia após visitarem um hospital em Wuhan. Os policiais pediram para que as imagens filmadas fossem deletadas e quiseram inspecionar telefones e câmeras.

Até a noite de domingo (3), o novo coronavírus já havia causado a morte de pelo menos 362 pessoas. O número de pessoas infectadas já passa de 17 mil em mais de vinte países, entre eles Estados Unidos, França, Alemanha, Reino Unido, Japão e Índia.

Ainda não há casos confirmados no Brasil. Até o momento, o país tem 16 casos de suspeita de infecção pelo coronavírus chinês, oito deles no estado de São Paulo. Os demais estão no Rio Grande do Sul (4), Santa Catarina (2), Paraná (1) e Ceará (1).

A Embaixada da China disse, na sexta (31), que recomenda que cidadãos chineses que viajaram ao país recentemente fiquem em quarentena em suas casas durante duas semanas ao retornar ao Brasil.

Por conta do avanço do coronavírus no mundo, o Ministério da Saúde disse que vai abrir licitação para contratar cerca de mil leitos extras de UTIs.

Nos aeroportos, avisos sonoros sobre sintomas estão sendo emitidos. As equipes desses locais devem notificar casos de suspeita de infecção.

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