América Latina

Corpos achados na selva da Colômbia são de jornalistas mortos por ex-Farc

Fontes de alto escalão confirmaram já naquele dia que um dos corpos correspondia ao de Javier Ortega, um dos jornalistas

Corpos achados na selva da Colômbia são de jornalistas mortos por ex-Farc

Fontes de alto escalão confirmaram já naquele dia que um dos corpos correspondia ao de Javier Ortega, um dos jornalistas — Foto:Reprodução

A Procuradoria Geral da Colômbia confirmou nesta segunda-feira que os três corpos que encontraram nos últimos dias numa zona de selva perto da fronteira com o Equador são dos membros da equipe do jornal equatoriano “El Comercio” assassinados por uma dissidência da ex-guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em abril.

Apesar da divulgação de imagens dos corpos de dois jornalistas e seu motorista pelos próprios assassinos à época, os restos mortais não haviam sido entregues. Javier Ortega, Paúl Rivas e Efraín Segarra terão seus corpos entregues ao Equador nos próximos dias, conforme solicitado por Quito.

Autoridades encontraram no último dia 21 vários corpos na área rural de Tumaco, perto da fronteira com o Equador, e fizeram trabalhos de verificação — dificultados pelo estado elevado de decomposição dos restos mortais. A zona também estava minada.

Fontes de alto escalão confirmaram já naquele dia que um dos corpos correspondia ao de Javier Ortega, um dos jornalistas. A camiseta seria a mesma usada por ele quando fez uma prova de vida por vídeo — dias antes de ter sua morte confirmada.

“Estamos verificando a identidade deles. Reitero minhas condolências às famílias e repudio este crime tão atroz”, anunciou o presidente Juan Manuel Santos pelo Twitter.

A operação para achar os corpos foi feita pela Direção Antissequestro e Antiextorsão da Polícia Nacional, junto à Procuradoria Geral do país. Os ministérios de Defesa e Relações Exteriores da Colômbia estão em contato com as contrapartes equatorianas, segundo Santos.

Há outros cadáveres na região, e um deles corresponderia ao de um chefe de segurança que era primo e trabalhava para Walter Patricio Arizala (“Guacho”), líder da dissidência Oliver Sinisterra — acusada de cometer os crimes. Ainda não há informações sobre a identificação do fotógrafo Paúl Rivas e o motorista Efraín Segarra.

 equipe composta por Javier Ortega, de 32 anos, o fotógrafo Paúl Rivas, de 45, e o motorista Efraín Segarra, de 60 anos, estava fazendo uma reportagem sobre a violência enfrentada pelo Equador na fronteira quando foi sequestrada em 26 de março pelo grupo Oliver Sinisterra, comandado por Guacho.

Os reféns foram obrigados a gravar um vídeo que foi divulgado em 3 de abril, no qual pediam um acordo com os sequestradores que incluía sua troca por membros dessa organização presos no Equador. Foi a última vez que foram vistos com vida. Dez dias depois, os sequestradores enviaram fotos que mostravam os dois jornalistas e o motorista acorrentados e mortos a tiros.

A ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF) condenou o assassinato da equipe de reportagem, pedindo uma investigação transparente e exaustiva sobre o caso. “Deve haver uma investigação independentes sobre as ações realizadsa pelas autoridades dos dois países nas últimas semanas para libertar os jornalistas. Os responsáveis devem ser estabelecidos e sancionados”, disse, em nota, Antoine Bernard, o diretor-feral adjunto da organização.

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