O grupo extremista Estado Islâmico assumiu a autoria do ataque à bomba contra o show da cantora Ariana Grande, em Manchester, na Inglaterra.
O total de vítimas confirmadas atingiu um total de 22 mortos e 59 feridos, grande parte crianças e adolescentes.
As testemunhas do massacre relataram que entre os restos deixados pela explosão havia parafusos e pregos, o que aponta que o explosivo poderia estar carregado de peças metálicas para multiplicar o dano ao explodir. Nesse sentido, algumas gravações publicadas nas redes mostram o impacto de metralha nas extremidades de alguns dos feridos.
Logo após o ataque, jihadistas e simpatizantes do EI comemoraram nas redes sociais, mas o grupo demorou cerca de 12 horas para assumir oficialmente sua participação.
Em dois comunicados, um em árabe e outro em inglês, o Estado Islâmico informou que, “com o apoio e a graça de Allah, um soldado do califado instalou explosivos no meio de locais das Cruzadas, na cidade britânica de Manchester, em vingança à religião de Allah, para aterrorizar os infiéis e em resposta às transgressões contra as terras muçulmanas”.
A nota explicou que “as bombas” foram detonadas perto da Manchester Arena e que outros ataques serão cometidos “com a permissão de Allah”.
O Estado Islâmico não citou nomes de possíveis jihadistas envolvidos no ataque e, explicitamente, afirmou que havia mais de uma bomba.
Líderes mundiais
O presidente dos EUA Donald Trump, que se reuniu em Belém (Cisjordânia) com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, qualificou os responsáveis pelo ataque como “perdedores malvados”, relata o enviado especial Juan Carlos Sanz.
“Não vou chamá-los de monstros, porque eles iriam gostar”, afirmou o mandatário republicano. “Haverá mais atentados, mas continuarão sendo uns perdedores”.
“Nossas sociedades não podem tolerar que continuem estas matanças de jovens inocentes”, enfatizou. “Os terroristas e os extremistas, e aqueles que os apoiam, devem ser eliminados das nossas sociedades, e sua perversa ideologia deve ser erradicada por completo.”
O último ataque terrorista no Reino Unido havia sido em 22 de março,
quando um homem atropelou e matou pessoas na ponte de Westminster.
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