Uma nova espécie de anfíbio foi descoberta recentemente no Panamá. O animal, que é cego e enterra a cabeça na areia, foi batizado com o nome de Dermophis donaldtrumpi, por um empresário que desembolsou US$ 25 mil em um leilão, para adquirir o direito de nomear a espécie.
A “homenagem” é uma comparação entre os comportamentos do anfíbio e do presidente norte-americano, Donald Trump, que não acredita em aquecimento global e costuma tomar decisões desfavoráveis a esse assunto.
“Enterrar [a cabeça] debaixo da terra ajuda Trump a evitar o consenso científico sobre a mudança climática antropomórfica”, disse Aidan Bell, cofundador da EnviroBuild, em comunicado.
Mas o batizado da espécie não é uma simples provocação ao presidente, e sim uma forma de apelo pela conscientização da mudança climática. “[Dermophis donaldtrumpi] é particularmente suscetível aos impactos da mudança climática e está, portanto, ameaçado de extinção como resultado direto das políticas climáticas do seu homônimo”, declarou Aidan.
Os mais conceituados cientistas ao redor do mundo concordam que o aquecimento global é fortemente influenciado pelo comportamento do homem. Trump, entretanto, vai na contramão dos especialistas e, além de questionar essa informação, adotou uma agenda política pró-combustíveis fósseis. O presidente também retirou os Estados Unidos do Acordo de Paris – acordo internacional que visa diminuir as consequências das altas temperaturas climáticas – e justificou a ação dizendo que foi eleito para servir aos cidadãos de Pittsburgh, alegando que o compromisso anteriormente firmado era desfavorável aos americanos.
Em novembro, Donald Trump disse “não acreditar” em um relatório escrito pelo seu próprio governo que trazia dados afirmando que a mudança climática custaria centenas de bilhões de dólares anuais aos cofres americanos, além de causar grandes danos à saúde da população.