Criatividade

Paraibano conta como foi contratado pelo Spotify após ação com amigos

David é desenvolvedor, graduado em ciência da computação pela UFCG, tem mestrado focado na área de sistemas distribuídos, um ramo com demanda crescente no mercado. ​

Paraibano conta como foi contratado pelo Spotify após ação com amigos

Ele vive em Estocolmo com a esposa brasileira desde setembro de 2014.

O paraibano David Lino de Sousa foi contratado para trabalhar no Spotify na Suécia, após simular entrevistas de emprego em inglês com colegas. David é desenvolvedor, graduado em ciência da computação pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), tem mestrado focado na área de sistemas distribuídos, um ramo com demanda crescente no mercado. 

Segundo David, uma das estratégias que garantiu seu êxito no processo seletivo foi reunir um grupo com mais cinco colegas da área para simular entrevistas de emprego em inglês, e ajudar uns aos outros na preparação.

Quando terminou a graduação, em 2011, o paraibano emendou um mestrado seis meses depois, e se formou em 2013. Para se especializar, Lino escolheu estudar justamente a área na qual trabalha no Spotify: os sistemas distribuídos.

Ele explica que atualmente, muitos serviços como o Spotify atuam numa escala com milhões de usuários e por isso, a computação é feita por meio de vários sistemas que se interligam, por exemplo, um para a autenticação do usuário e outro para o serviço de pagamento. A função dele, então, é cuidar da comunicação entre todos eles.

A capacitação do paraibano lhe rendeu ofertas de emprego em São Paulo, Recife e Porto Alegre, mas ele recusou todas, pois não era o que estava procurando. Com isso ele optou por um trabalho remoto para uma empresa nos Estados Unidos, enquanto se preparava para o emprego dos sonhos.

Todas as semanas, ele se juntava ao grupo de colegas para que um entrevistasse o outro, sempre em inglês, para que, na hora H, a falta de confiança no idioma não fosse um empecilho.

Ele também começou a enviar seu currículo pelo site de diversas empresas e, como conhecia um brasileiro, também formado pela UFCG, trabalhando no Spotify, conseguiu ser indicado para uma vaga lá. Lino passou por várias etapas do processo: na primeira, precisou escrever um código para demonstrar seus conhecimentos. Depois, passou por uma entrevista “cultural”, onde os empregadores tentam conhecer mais sobre a pessoa. A fase seguinte foi de entrevistas técnicas.

Por fim, ele chegou a ir até a Suécia, com tudo pago pelo Spotify, para fazer uma série de entrevistas presenciais em novembro de 2013. No início do ano seguinte, foi convidado a ocupar a vaga.

Porém, ele decidiu aceitar outro emprego, nos Estados Unidos, depois de enviar seu currículo pela internet, passar pelo contato com o recrutador e três entrevistas. Mas como a janela de tempo para dar entrada no visto de trabalho para os Estados Unidos já havia acabado, meses depois Lino decidiu buscar o Spotify novamente. Como a vaga ainda estava aberta, ele foi contratado e iniciou o processo de obtenção do visto.

Ele vive em Estocolmo com a esposa brasileira desde setembro de 2014, que, como tem graduação e fala inglês, logo conseguiu um emprego como gerente de projetos de software em outra empresa.

Nesse meio tempo, ele acompanhou o processo de expansão do serviço de streaming de música e podcasts, que em setembro tinha 191 milhões de usuários ativos (sendo 83 milhões deles usuários pagantes) em 78 mercados diferentes.

Para isso, a empresa precisou expandir também o número de funcionários. De acordo com o paraibano quando ele entrou a empresa tinha cerca de 500 pessoas e hoje o número triplicou. David coordena uma equipe que antes era de 15 pessoas e hoje cresceu para 100.

O desenvolvedor diz, inclusive, que ainda hoje a vaga para um perfil como o dele ainda deve estar aberta, devido à alta demanda.

Para ajudar na adaptação, o Spotify oferece aos funcionários aulas gratuitas de sueco e uma consultoria para fazer o imposto de renda pela primeira vez – um dos únicos serviços ou interações governamentais, segundo Lino, que não têm opção em inglês.

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