Na estreia internacional do ministro brasileiro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, os chanceleres do Grupo de Lima, reunidos nesta sexta-feira (4), assinaram um documento em que acordaram em não reconhecer a “legitimidade do novo mandato” do ditador venezuelano, Nicolás Maduro, por considerar que as últimas eleições presidenciais, em maio, não contaram com as garantias necessárias de um pleito “livre, justo e transparente.”
Neste sábado (5), o Parlamento venezuelano, controlado pela oposição, fez coro e também declarou que o novo mandato de Maduro é ilegítimo.
“Reafirmamos a ilegitimidade de Nicolás Maduro (…). A partir de 10 de janeiro, estará usurpando a Presidência e, consequentemente, esta Assembleia Nacional é a única representação legítima do povo”, disse o novo presidente do Legislativo, Juan Guaidó, ao tomar posse. Ele foi escolhido por unanimidade para o cargo, conforme o portal G1.
Diante da ampla bancada da oposição e de representantes do corpo diplomático, Guaidó também se comprometeu a “gerar as condições para um governo de transição e convocar eleições livres”.
“A presidência não está desocupada, está sendo usurpada (…), estamos na ditadura”, afirmou o deputado do Vontade Popular, partido de Leopoldo López, em prisão domiciliar.
Vitorioso no pleito de 20 de maio último, Maduro começa o segundo mandato, que vai de 2019 a 2025, no próximo dia 10, em meio a uma grave crise econômica.