Europa

Polícia desmantela rede de tráfico de falsos testes negativos da Covid-19 em aeroporto de Paris

Mais de 200 certificados negativos falsificados foram vendidos. Os traficantes cobravam entre € 150 (R$ 980) e € 300 (R$ 1.980) pelos diagnósticos falsos.

Polícia desmantela rede de tráfico de falsos testes negativos da Covid-19 em aeroporto de Paris

Passageiros formam fila para fazer teste da Covid-19 no aeroporto de Frankfurt, na Alemanha. — Foto:Michael Probst/AP

Sete pessoas foram detidas em uma operação de desmantelamento de uma rede que traficava testes negativos de Covid-19. Os diagnósticos eram vendidos ilegalmente a passageiros no aeroporto internacional Charles de Gaulle, na região parisiense, informaram autoridades francesas na quinta-feira (5).

A investigação permitiu a descoberta, nos celulares dos suspeitos detidos, de mais de 200 certificados negativos falsificados. Os documentos eram vendidos no maior aeroporto francês, permitindo o embarque de passageiros em voos internacionais, afirmou o Ministério Público de Bobigny, na região parisiense. Os traficantes cobravam entre € 150 (R$ 980) e € 300 (R$ 1.980) pelos diagnósticos falsos.

Os indivíduos detidos – seis homens e uma mulher, de 29 a 52 anos – são acusados de “falsificação, uso de documentos falsos e cumplicidade em fraude”. Eles começarão a ser julgados em março de 2021 e correm o risco de serem condenados a cinco anos de prisão e de pagar uma multa de € 375 mil.

A rede se aproveitava da obrigação de alguns viajantes apresentarem um teste negativo de Covid-19 para embarcar. O método de funcionamento era simples: o documento era fabricado sob o nome de um laboratório existente. Eles eram vendidos aos interessados, em formato de papel ou eletrônico, declarou uma fonte do aeroporto Charles de Gaulle.

Passageiros com destino à África

As investigações, realizadas desde o fim de setembro pela polícia de fronteiras, tiveram início depois da descoberta de um falso diagnóstico apresentado por um passageiro que pretendia embarcar para Adis Abeba, capital da Etiópia.

As operações fraudulentas eram realizadas essencialmente para clientes que tinham a África como destino. Os supostos falsificadores já eram conhecidos no aeroporto Charles de Gaulle por trabalharem clandestinamente embalando bagagens, uma atividade em baixa devido à diminuição dos trajetos aéreos em função da crise sanitária.

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