Investigação

Respiradores da China comprados pelo governo do Pará não funcionam; cada aparelho custou R$126 mil

Equipamentos adquiridos para tratar pacientes com Covid-19 apresentaram falhas identificadas por técnicos durante processo de instalação e ainda não podem ser usados, segundo o governo estadual.

Respiradores da China comprados pelo governo do Pará não funcionam; cada aparelho custou R$126 mil

Sobre o custo de cada respirador, R$ 126 mil, o Estado afirmou que os recursos não serão perdidos. — Foto:reprodução

Os 152 respiradores comprados da China pelo governo do Pará para tratamento de pacientes com Covid-19 apresentaram falhas durante processo de instalação e ainda não puderam ser usados, afirmou o próprio governo estadual. Sobre o custo de cada respirador, R$ 126 mil, o Estado afirmou que os recursos não serão perdidos.

Os equipamentos chegaram na segunda-feira (4), junto com 1.580 bombas de infusão, que permitiriam a instalação de novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para Covid-19 e foram enviados para hospitais de Belém, Santarém, Marabá, Breves e Capanema.

Sespa disse que equipamentos funcionavam                                       

Desde a última quarta, o G1 está questionando o governo sobre um vídeo que circula pelas redes sociais mostrando um suposto profissional da saúde em um hospital do estado, apontando as falhas. Somente nesta sexta, o governo se posicionou.

No dia em que foi questionada pela reportagem, o perfil da Secretaria de Saúde Pública (Sespa) publicou um vídeo em uma rede social, mostrando os aparelhos “em “pleno funcionamento”. A publicação foi deletada.

A nota do governo diz que as dificuldades também ocorreram por outros compradores e que o governo está “em contato direto com os fabricantes, que prometem saná-los em caráter de urgência”. Ainda segundo o documento oficial, os fabricantes assumiram que vão resolver os problemas e adequar os equipamentos aos parâmetros nacionais.

Compra                         

No total, foram comprados 400 respiradores que, somados, custaram R$ 50,4 milhões, além de 400 monitores multiparamétricos, 400 oxímetros de pulso e 1600 bombas de infusão, totalizando R$ 100 milhões em investimentos, segundo o governo.

Segundo o governo, 80 respiradores foram destinados para o Hospital de Campanha de Belém e 30 para o Hospital Galileu, todos em Belém. Dez respiradores vão para o Hospital de Campanha de Santarém; 10 para o Hospital de Campanha de Marabá; 5 para o Hospital de Campanha de Breves e 4 para o Hospital de Capanema.

Cerca de 556 bombas de infusão acompanham os respiradores. Todos começaram a ser enviados na segunda.

Nessa primeira leva, o governo recebeu cerca de 152 respiradores e 1.580 bombas de infusão que seriam instalados em novos leitos de UTI. Outros equipamentos devem sair da China ainda esta semana rumo a Belém, totalizando a compra de 400 kits de UTI, segundo o governo.

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