Na Índia

‘Sou capitão do Exército, ele é pacifista’, diz Bolsonaro em memorial de Gandhi

Diferentemente de outros líderes, Bolsonaro não divulgou a visita em suas redes sociais e fez questão de dizer que é diferente do líder pacifista, um dos fundadores da Índia moderna.

'Sou capitão do Exército, ele é pacifista', diz Bolsonaro em memorial de Gandhi

"Eu sou um capitão do exército, ele é um pacifista", disse, indagado sobre o que pensa da figura de Gandhi — Foto:AFP

DÉLI, ÍNDIA (FOLHAPRESS) – Como a maioria dos chefes de Estado em visita à Índia, o presidente Jair Bolsonaro visitou o memorial de Mahatma Gandhi e depositou flores em homenagem àquele que é considerado um herói pela maioria dos indianos. Mas, diferentemente de outros líderes, Bolsonaro não divulgou a visita em suas redes sociais e fez questão de dizer que é diferente do líder pacifista, um dos fundadores da Índia moderna.

“Eu sou um capitão do exército, ele é um pacifista”, disse, indagado sobre o que pensa da figura de Gandhi. “Mas a gente reconhece o seu passado sempre pregando a paz, a harmonia e a liberdade”.

Nas redes sociais de Bolsonaro e seu filho Eduardo, havia muitas postagens sobre os encontros do presidente com o primeiro-ministro Narendra Modi e sobre acordos comerciais assinados, mas nada sobre a visita ao local que homenageia Gandhi, que pregava a resistência pacífica na luta por emancipação da Índia do Reino Unido.

Bolsonaro ganhou um busto de Gandhi e disse ter ficado emocionado com a cerimônia de depósito de flores. “É uma cerimônia que toca a alma da gente, o país tem suas tradições, tem sua história, e,  assim como Brasil, é um país emergente.”

A visita de Obama ao memorial, em 2015, foi compartilhada nas redes sociais – o ex-presidente mencionou Gandhi em seu discurso quando recebeu o prêmio Nobel. O presidente francês, Emmanuel Macron, também divulgou a visita, quando esteve lá, em 2019.

O memorial marca o local onde Gandhi foi cremado, em 31 de janeiro de 1948, um dia após o pacifista ter sido assassinado com três tiros pelo extremista hindu Nathuram Godse.

Godse pertenceu durante 14 anos ao RSS, grupo fundamentalista hindu, embora não estivesse mais filiado quando cometeu o crime. O primeiro-ministro Narendra Modi é integrante do RSS desde os 8 anos.

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