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Tenor Andrea Bocelli critica governo italiano por quarentena e diz que não acredita no coronavírus

O cantor também disse que acredita que a situação não pode ser tão séria quanto as autoridades dizem, pois ele não conhece ninguém que tenha necessitado de tratamento intensivo.

Tenor Andrea Bocelli critica governo italiano por quarentena e diz que não acredita no coronavírus

"Eu me senti humilhado e ofendido. Eu não podia deixar minha casa mesmo não cometendo nenhum crime", disse Bocelli, de 61 anos. — Foto:Reprodução

ROMA — O tenor italiano Andrea Bocelli fez nesta segunda-feira duras críticas à forma como o governo italiano lidou com a crise do coronavírus, dizendo que se sente humilhado por conta da quarentena recente no país, e pediu que as pessoas desobedeçam as regras em vigência.

Os comentários surpreendentes, feitos durante audiência no Senado italiano, foram especialmente marcantes porque o astro da música clássica foi um símbolo de união nacional no ápice da quarentena, quando cantou na Catedral de Milão vazia no domingo de Páscoa, em uma performance solo transmitida ao vivo e chamada de “Music for Hope” (Música pela esperança, em tradução literal).

— Eu me senti humilhado e ofendido. Eu não podia deixar minha casa mesmo não cometendo nenhum crime — disse Bocelli, de 61 anos, em uma conferência na qual estavam presentes políticos de oposição como Matteo Salvini, líder do partido de extrema direita Liga, que tem atacado o governo do primeiro-ministro Giuseppe Conte por sua condução da crise do coronavírus.

A quarentena nacional começou na Itália no início de março e foi aliviado em fases nos três meses seguintes. Bocelli confessou que desobedeceu regras da quarentena, “pois não achava certo ou saudável permanecer em casa com a minha idade”.

O cantor também disse que acredita que a situação não pode ser tão séria quanto as autoridades dizem, pois ele não conhece ninguém que tenha necessitado de tratamento intensivo.

— Então por que toda essa sensação de gravidade? — disse.

Mais de 35 mil italianos morreram da Covid-19, que infectou mais de 246 pessoas no país. O governo Conte foi criticado na época por demorar a impor a quarentena, devido às resistências das autoridades da região de Bergamo, primeiro foco da pandemia na Itália. No início, o acúmulo de mortes sobrecarregou as funerárias, e corpos tiveram que ser transportados para serem cremados em outras regiões italianas.

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