Após vários dias de inquietação, um vulcão localizado na ilha de La Palma, nas Ilhas Canárias (Espanha), entrou em erupção no domingo (19/09) às 15h12 do hora local.
De acordo com a imprensa local, uma grande explosão foi registrada na área, seguida por uma enorme coluna de fumaça e a expulsão de piroclastos (fragmentos de rocha sólida expelidos durante a erupção de um vulcão).
Apesar de a área ao redor do vulcão — o Parque Nacional Cumbre Vieja — não ser muito povoada, autoridades iniciaram a evacuação preventiva de pessoas com mobilidade reduzida nas cidades próximas. Estima-se que o número de desabrigados chegue a 10 mil.
O fenômeno ocorre depois que uma atividade sísmica incomum começou no sábado, 11 de setembro, com uma série de tremores que anteciparam a crise vulcânica.
Essa situação levou as autoridades a emitir um alerta.
O presidente do governo regional das Canárias, Ángel Víctor Torres, pediu à população que “não se aproxime” do local.
Por sua vez, o governo de La Palma solicitou, através de sua conta no Twitter, “precauções extremas” na área da erupção para que se evitem riscos desnecessários.
Segundo a Radio Televisión Canaria (RTVC), o presidente da Câmara Municipal de La Palma, Mariano Hernández Zapata, afirmou que até ao momento nenhuma pessoa foi atingida.
Ele também informou que se acredita que o vulcão tenha cinco aberturas das quais “de pelo menos duas delas emana muito magma”.
O presidente do governo espanhol (cargo equivalente ao primeiro-ministro), Pedro Sánchez, anunciou que vai às Ilhas Canárias para “ver em primeira mão” a situação, suspendendo sua viagem aos EUA, onde participaria da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), cuja abertura, que cabe tradicionalmente ao Brasil, acontece nesta terça-feira (21/9).
É a primeira vez que se registra atividade vulcânica em La Palma desde a erupção do Teneguía em 1971, que deixou dois mortos, milhares de desabrigados e danos às plantações.