A atual década (2010-2019) está destinada a ser a mais quente já
registrada na história, adverte a ONU em um relatório anual, no qual constata
a aceleração das consequências da mudança climática. A Organização Meteorológica Mundial (OMM) indicou que as temperaturas globais superaram nos primeiros 10 meses do ano em 1,1 ºC a média da era
pré-industrial (1850-1900).
No relatório apresentado por ocasião da Conferência sobre o Clima da ONU
(COP-25) , a organização prevê ainda que 2019 será o “segundo ou terceiro
ano mais quente” desde 1850, quando os registros sistemáticos começaram a
ser feitos. “2016, que começou com um episódio de El Niño de intensidade
excepcionalmente forte, continua sendo o ano mais quente”, afirma o
documento.
Cada uma das últimas quatro décadas foi mais quente que a anterior. Além disso, as emissões provocadas pelo homem devido, por exemplo, aos combustíveis fósseis, a construção de infraestruturas, o aumento dos cultivos e o transporte provavelmente contribuirão para um novo recorde de concentração de dióxido de carbono, o que aumentará o aquecimento, afirmou a OMM.
Os oceanos, que absorvem parte dos gases do efeito estufa, continuam
registrando temperaturas recordes e uma acidificação maior, o que ameaça os
ecossistemas marinhos dos quais bilhões de pessoas dependem para
alimentação ou trabalho.