Pandemia

Diagnóstico de câncer de colo de útero cai 69,4%, durante a pandemia na Paraíba

Na Paraíba, a queda nos números de biópsias de colo uterino​ foi de 69,4%. Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que 290 paraibanas desenvolveram essa neoplasia, no último ano. Delas, 201 desconhecem a presença da doença.

Diagnóstico de câncer de colo de útero cai 69,4%, durante a pandemia na Paraíba

O câncer de colo uterino figura entre os mais incidentes na população feminina, gerando elevado impacto na saúde, qualidade de vida e, infelizmente, em número de óbitos. — Foto:reprodução

Ao analisar dados do Ministério da Saúde, dos períodos pré e pós-pandemia, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) identificou que o cancelamento e reagendamento de consultas ginecológicas, em função da pandemia por Covid-19, geraram preocupante redução no diagnóstico do câncer de colo de útero. Na Paraíba, a queda nos números de biópsias de colo uterino foi de 69,4%. Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que 290 paraibanas desenvolveram essa neoplasia, no último ano. Delas, 201 desconhecem a presença da doença.

O câncer de colo uterino figura entre os mais incidentes na população feminina, gerando elevado impacto na saúde, qualidade de vida e, infelizmente, em número de óbitos. Nos últimos dez anos (2008-2018), a taxa de mortalidade decorrente da neoplasia saltou 33%, resultando em uma vítima a cada 90 minutos, de acordo com o Ministério da Saúde. Houve redução de 37,7%1 na realização de biópsias de colo uterino (um dos principais exames para o diagnóstico desse tipo de câncer), no país. 

O ginecologista Dr. Agnaldo Lopes, presidente da Febrasgo, aponta que fatores biológicos não são os únicos ligados ao aparecimento da doença. Aspectos sociais como baixa escolaridade e etnia não branca tornam-se indicadores que revelam as diferenças no acesso a medidas preventivas e diagnóstico precoce. “O sistema público de saúde brasileiro atende mais de 75% dos pacientes com câncer, no país. Para além do diagnóstico, temos ainda o desafio do início do tratamento. Antes da pandemia, o período entre o diagnóstico e o primeiro tratamento durava mais de 60 dias, em 58% dos casos. Hoje, esse tempo de espera pode ser bem maior. Devido a fatores como esses, quase nove em cada dez óbitos por câncer do colo do útero, por exemplo, ocorrem em regiões menos desenvolvidas”.

O Dr. Agnaldo destaca ainda que diferente de outras neoplasias, o câncer de colo de útero pode ser prevenido por meio de vacinas. A imunização contra o HPV (vírus causador da doença) é altamente efetiva e promove uma diminuição significativa das infecções e, consequentemente, das lesões neoplásicas do colo do útero, responsáveis pela potencial perda do órgão.

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