Contradições

Família briga na Justiça por propriedade do bloco ‘Virgens de Tambaú’

José Ricardo Porto, anulou uma decisão de 1º Grau que garantia a propriedade do bloco a Keynes Porto Carneiro, atribuindo-lhe poderes geral e exclusivo.

Família briga na Justiça por propriedade do bloco ‘Virgens de Tambaú’

O relator do caso verificou que houve contradição entre a fundamentação e a conclusão da decisão que concedeu a tutela de urgência — Foto:Reprodução

A propriedade do bloco carnavalesco ‘Virgens de Tambaú’ está sendo questionada na Justiça e deve passar do irmão do fundador, Sergio Carneiro, falecido em 2003, para o filho dele. O desembargador do Tribunal de Justiça da Paraíba, José Ricardo Porto, anulou uma decisão de 1º Grau que garantia a propriedade do bloco a Keynes Porto Carneiro, atribuindo-lhe poderes geral e exclusivo.

Keynes era irmão de Sérgio Carneiro, que fundou o bloco. O relator do caso, ao julgar prejudicado o recurso, verificou que houve contradição entre a fundamentação e a conclusão da decisão que concedeu a tutela de urgência.

Foi interposto o recurso de Agravo de Instrumento nº 0807237-34.2018.8.15.0000 por Iago Andrade Carneiro, filho de Sérgio Carneiro, e outros contra a decisão do Juízo de 1º Grau, sob a alegação de que o magistrado foi levado a erro pelas documentações apresentadas pelo autor da ação principal. Eles alegam ainda que a propriedade do bloco deve ser atribuída ao filho do fundador, por direito hereditário, e não ao seu irmão.

Ao analisar os autos, Ricardo Porto afirmou que havia provas em ambos os sentidos com relação à propriedade e indicou a necessidade de melhor instrução do feito. O desembargador observou, ainda, que o Juízo de 1º grau, ao deferir a tutela de urgência (necessidade da presença dos requisitos: perigo da demora e plausibilidade do direito), destacou a ausência do perigo da demora ao tempo que deferiu a liminar.

“Resta cristalino o vício de julgamento, na medida em que se identifica a contradição entre a fundamentação e a parte dispositiva do decisum, situação a causar a nulidade do comando judicial, em fenômeno conhecido como ‘decisão suicida’”, ressaltou o relator, citando decisões dos Tribunais de Justiça de Minas Gerais e da Paraíba.

COMPARTILHE

Bombando em Paraíba

1

Paraíba

Postos aumentam preço da gasolina em João Pessoa mesmo sem reajuste da Petrobras; entenda o motivo

2

Paraíba

Vereadores de Campina Grande aprovam projeto de lei para aumentar os próprios salários para mais de R$ 20 mil

3

Paraíba

Executiva do PT se reúne em maio para definir se partido terá candidatura ou não em João Pessoa

4

Paraíba

Ministra das Mulheres se reúne com o governador João Azevedo e participa de audiência pública na Paraíba

5

Paraíba

TCE intima ex-presidente da Câmara de São José dos Ramos para explicar o não pagamento de salário dos servidores e contratação irregular