O serviço de neurocirurgia pediátrica do Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires entrou em atividade nessa quarta-feira (16), com a realização de uma cranioplastia, procedimento de alta complexidade. A realização da primeira cirurgia neurológica cumpre mais uma etapa do cronograma de serviços que vêm sendo implantados no hospital.
Para o coordenador da Neurocirurgia, médico George Mendes, esse é um momento importante para a saúde da Paraíba. Ele explica que os serviços da neurocirurgia, de alta complexidade, estão sendo implantados de maneira escalonada devido à necessidade de treinamento e adequação de protocolos de toda a equipe de neurocirurgiões, enfermeiros, técnicos e auxiliares.
“Esse é o primeiro passo para o estabelecimento de uma rede de neurocirurgias no Estado e o Hospital Metropolitano tem um papel importante no atendimento à demanda por esse tipo de cirurgia na Paraíba”, explicou.
Uma jovem de 17 anos, foi a primeira paciente da neurocirurgia. Ela passou por uma cranioplastia, isto é, preenchimento em uma área do crânio por meio da implantação de uma placa específica para o procedimento.
A cirurgia durou cerca de três horas e a paciente encontra-se na internação do hospital aguardando alta médica. O procedimento, realizado para dar mais qualidade de vida à paciente, corrigiu imperfeição por perfuração de projétil.
Outro procedimento realizado na quarta-feira última (16) foi a cirurgia cardiopediátrica em uma paciente de 8 anos de idade, moradora de Tibiri, em Santa Rita. A criança já estava passando por avaliação da equipe do ambulatório do Hospital Metropolitano, onde realizou exames e passou por consultas especializadas.
O procedimento realizado foi uma correção de comunicação interatrial, cirurgia intracardíaca para corrigir um espaço irregular entre os átrios direito e esquerdo do coração.
Na última semana, foram realizados procedimentos para correção de cardiopatias raras, como a coarctação da aorta, isto é, uma compressão na aorta que impedia o adequado fluxo sanguíneo do coração para as demais partes do corpo.
Outra cirurgia realizada foi para tratamento de uma cardiopatia raríssima, fallot do oriente, primeira cirurgia do tipo na Paraíba. A cardiopatia consiste em um defeito no septo de um dos ventrículos do coração, causando baixa circulação sanguínea no pulmão, corrigida por meio de um desvio realizado da artéria subclávea para a pulmonar. Ambas as cirurgias foram realizadas em bebês.