Segundo a Síntese de Indicadores Sociais (SIS) do IBGE, em 2019, 25,3% da população paraibana residia em domicílios que tinham pelo menos uma inadequação nas condições de moradia. A proporção está acima da média brasileira (21,6%), mas abaixo da nordestina (28,2%).
No estado, cerca de 2,8% da população morava em domicílio que não tinha banheiro de uso exclusivo; 4,8% em residências com adensamento excessivo – com mais de três moradores por dormitório; 4,7% em domicílios em que havia ônus excessivo com aluguel, ou seja, em que o valor declarado do aluguel iguala ou supera 30% do rendimento domiciliar; e 15,4% em locais em que não havia documento que comprove a propriedade.
Em relação ao acesso aos serviços de saneamento básico, a síntese indica que mais da metade dos paraibanos (53,6%) contavam com ao menos uma deficiência nesse atendimento nos lares, indicador superior à média do país (36,9%), mas menor que a da região (58,9%). Cerca de 16,9% não tinham coleta direta ou indireta de lixo; 23,7% não tinham abastecimento de água por rede geral; e 51% lidavam com a ausência de esgotamento sanitário por rede pluvial ou fossa ligada à rede.
Educação – Entre os pontos investigados pela pesquisa, também estão as restrições à educação, que inclui crianças e adolescentes de 6 a 14 anos que não frequentavam escola, bem como pessoas de 15 anos ou mais analfabetas e maiores de 16 anos que não possuíam o Ensino Fundamental Completo. Conforme a SIS, 37,1% dos habitantes do estado moravam em domicílios em que havia alguém nessa situação.
Outros 3,8% viviam em lares com restrições à proteção social, ou seja, em que não havia nenhum morador de 14 anos ou mais de idade que contribuísse para instituto de previdência, ou aposentado ou pensionista e com rendimento real efetivo domiciliar per capita inferior a meio salário mínimo, com nenhum membro recebendo rendimentos de outras fontes, incluindo os de programas sociais. Além disso, 22,1% residiam em lares sem acesso à internet.
Além disso, aproximadamente 73,4% das pessoas viviam em domicílios com alguma das restrições analisadas pelo levantamento, enquanto nacionalmente esse indicador foi de 58,6% e regionalmente foi de 75,2%.