O Ministério Público do Trabalho e o Fórum de Combate na Paraíba estão catalogando as doenças acometidas pelo homem do campo no estado, particularmente os que sofreram intoxicação e de doenças provocadas pelo uso de agrotóxico.
As entidades vão confeccionar uma “ficha padrão” para que hospitais informem os casos relacionados com os defensivos agrícolas.
Depois de pronta, a ficha será encaminhada às unidades de saúde do Estado, provavelmente até junho deste ano.
A partir desse diagnóstico, serão realizadas ações para garantir mais saúde aos trabalhadores e reduzir o número de agricultores doentes e afastados das suas funções.
Segundo a procuradora do Trabalho, Marcela Asfora, agricultores da Paraíba estão adoecendo e os principais suspeitos são os defensivos agrícolas.
“Há relatos de intoxicação, problemas neurológicos, depressão e até câncer em pessoas que tiveram contato com esses produtos. Às vezes, o problema demora anos para se manifestar. Então, essa pesquisa vai investigar se os problemas têm relação com o uso indiscriminado dos agrotóxicos”, informou Marcela Asfora, que coordenou a reunião, juntamente com a promotora de Justiça Carmem Perazzo.
Pesquisa
A pesquisa será coordenada pela professora da UEPB Shirleyde Alves dos Santos, que integra o Fórum dos Agrotóxicos. O seu uso preocupa a professora, que já ouviu muitos relatos de agricultores doentes. A pesquisa deverá ser feita na região de Lagoa Seca e Boqueirão, onde há cultivo de tomate, hortaliças e frutas cítricas. A previsão é iniciar a coleta de dados próximo mês e concluir o estudo em setembro.
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