Operação Fantoche

Operação da PF investiga envolvimento da Fiep em contratos fraudulentos com ONGs fantasmas

As ONGs eram criadas por um grupo empresarial de Pernambuco, mas que executava projetos em vários estados do Brasil.​

José William e Cassiano Pereira disputam comando da Fiep em eleição realizada nesta terça-feira, em João Pessoa

Estas entidades, no caso da Fiep, eram responsáveis por firmar os contratos. — Foto:Reprodução

A Operação Fantoche deflagrada pela Polícia Federal,  nesta terça-feira (19), revelou que a Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep) era uma das responsáveis por afixar contratos fraudulentos com Organizações Não Governamentais (ONGs) fantasmas. As ONGs eram criadas por um grupo empresarial de Pernambuco, mas que executava projetos em vários estados do Brasil.

De acordo com uma apuração realizada pelo Portal Correio, nesta quarta-feira (20), o esquema acontecia a partir da descentralização de recursos pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI) e distribuição entre entidades ligadas a ela. Estas entidades, no caso da Fiep, eram responsáveis por firmar os contratos. 

O presidente da Fiep, Buega Gadelha, foi o principal alvo da Operação na Paraíba. O empresário paraibano foi preso na manhã desta terça-feira (19) em Brasília. Ele foi afastado do cargo pela Justiça Federal de Pernambuco. 

As investigações apontam que um grupo de empresas sob o controle de um mesmo núcleo familiar atua de forma contínua e perene, desde o ano de 2002, executando contratos firmados por meio de convênios com o Ministério do Turismo e entidades paraestatais do intitulado sistema “S”.

O modus operandi empregado é sempre similar e, em resumo, consiste na utilização de entidades de direito privado sem fins lucrativos para justificar celebração de contratos e convênios diretos com o Ministério convenente e Unidades do Sistema S, contratos estes, em sua maioria, voltados à execução de eventos culturais e de publicidade superfaturados e/ou com inexecução parcial, sendo os recursos posteriormente desviados em favor do núcleo empresarial por intermédio de empresas de fachada.

Estima-se que o grupo já tenha recebido mais de R$ 400.000.000,00 decorrentes desses contratos. A ação é desempenhada com o apoio do Tribunal de Contas da União e, ao todo, conta com a participação de 213 policiais federais e oito auditores do TCU. As medidas foram determinadas pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Pernambuco, que ainda autorizou o sequestro e bloqueio de bens e valores dos investigados.

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