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Policial Militar é vítima de homofobia por parte de colegas e rebate “não vamos voltar para o armário”

Uma foto do policial militar paraibano, Elbo Guedes, fantasiado para o bloco das Virgens, foi divulgada em grupos de policiais acompanhada de comentários homofóbicos.

Policial Militar é vítima de homofobia por parte de colegas e rebate "não vamos voltar para o armário"

Policial foi vítima de homofobia na internet — Foto:Reprodução Instagram

Mais um caso de homofobia tomou conta das redes sociais nesta semana. Dessa vez a vítima foi o policial militar paraibano Elbo Guedes. Uma foto do rapaz, fantasiado para o bloco das Virgens, foi divulgada em diversos grupos de conversas, principalmente de policiais, acompanhada de comentários homofóbicos.

Em um áudio, um colega de profissão diz: “Isso é uma peste, é uma epidemia… no estado todo da federação tá com essas pragas”. Em outro trecho do áudio é possível ouvir o colega dizendo: “Ô Silva, ai em Brasília já tem? Porque aqui na Paraíba olha como é que tá…Lugar de Cabra Macho…essa porra tá uma epidemia maior do mundo”.

Em um print divulgado na internet, uma pessoa compartilha fotos de Elbo Guedes com a farda da polícia e fantasiado com uma sunga e questiona “Que derrota é essa?”, ao que um policial responde “Deixe ele. Do meu pelotão. Mais um cara 10 independente de sua opção”.

Elbo Guedes divulgou um vídeo em suas redes sociais comentando o caso. “Quem me conhece sabe do meu caráter, sabe o quanto eu respeito a instituição da qual eu faço parte, o quanto eu respeito os meus companheiros de farda e o quanto eu não faria nada para expor negativamente a instituição na qual eu trabalho”, disse. 

Ele também comentou que ficou se perguntando por que alguém faria isso, e chegou à conclusão de que o problema não era a fantasia e sim o fato de ele ser gay. “É uma sociedade machista e preconceituosa, que acha que o gay não pode estar onde ele queira estar. O que incomoda a sociedade é saber que eu sou gay e sou policial militar, porque a sociedade acha que a gente não pode estar em lugar nenhum”, disse.

“A sociedade acha que o gay tem que ser apenas cabeleireiro e maquiador. Não falando mal dessa profissões, mas eles acham que a gente não tem o direito de estar onde a gente está”, completou.

Elbo concluiu afirmando que não vai mudar seu comportamento devido ao caso. “Você não vai me reprimir, você não vai fazer com que nós gays voltem pra dentro do armário, a gente tem o direito de estar onde a gente quiser. A gente vai estar como médico, enfermeiro, advogado, juiz, policial, a gente vai estar em todos os lugares. A gente não vai esconder num buraco como vocês querem”, declarou.

Ao ClickPB, Elbo Guedes afirmou que não sabe quem foi a pessoa que fez os prints e começou a enviar para os grupos, por isso fica difícil fazer uma denúncia formal junto a corregedoria da PM.

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