O secretário de Meio Ambiente, Welison Silveira, destacou que o cadastro deve iniciar um processo de qualificação dos carroceiros, para eles tenham outras opções de trabalho. — Foto:Reprodução
A Prefeitura de João Pessoa, por meio da Coordenadoria de Bem-Estar Animal da Secretaria de Meio Ambiente (Semam), vai cadastrar, a partir desta terça-feira (9) até o próximo dia 11, os veículos de tração animal. O cadastro será feito no estacionamento do Estádio Almeidão, no bairro do Cristo, das 9h às 17h.
O cadastro tem o objetivo de levantar os dados sobre quantos carroceiros trabalham em João Pessoa, traçar o perfil de cada um, para que a Prefeitura possa fazer um estudo preciso sobre as alternativas de trabalho que poderão ser ofertadas às famílias. O dono do veículo deve ir com a carroça e o animal, levando documentos pessoais para compor o cadastro. A Semam vai levantar informações como endereço, dados pessoais, grau de instrução, se a carroça é principal atividade de renda da família, tipos de carga que transporta, entre outros.
Durante o cadastro será feita a inspeção veterinária dos animais, vacinação e microchipagem. Os carroceiros também receberão orientações sobre os cuidados como alimentação, e trato e manejo dos bichos, uso correto de equipamentos e orientações sobre normas de trânsito.
Formação profissional – Caso o dono da carroça manifeste o desejo de tentar outras opções de trabalho, ele será direcionado para a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedest), que vai encaminhá-lo para cursos profissionalizantes, como pedreiro de reforma geral, pedreiro de alvenaria, pintor de obras imobiliárias, assentador de revestimento cerâmico, instalador hidráulico, costura e almoxarife.
O secretário de Meio Ambiente, Welison Silveira, destacou que o cadastro deve iniciar um processo de qualificação dos carroceiros, para eles tenham outras opções de trabalho. “Nós entendemos que é necessário reduzir ao máximo o transporte por tração animal – que envolve diversos riscos para os animais, para as pessoas e meio ambiente. Os animais não estão num ambiente natural – são submetidos às condições inadequadas no asfalto. Entendemos todos esses aspectos, mas também sabemos que esse é um processo lento, de sensibilização dos carroceiros – estamos iniciando um processo de diálogo e vamos fazer as coisas da melhor maneira possível. Ninguém será obrigado a mudar de ramo, mas é preciso observar as leis de trânsito, o cuidado com os animais, o transporte de crianças nas carroças e ainda levantar os riscos ambientais, provocados pelo transporte dos Resíduos de Construção e Demolição (RCD), que muitas vezes são deixados nas áreas verdes da cidade”, concluiu.
A ação está sendo coordenada pela Semam, com apoio da Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur), Sedest, Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob), Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio do Centro de Controle de Zoonoses, e Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedurb).