Liminar dá 120 dias para Instituto trabalhar — Foto:Arquivo
O Instituto de Polícia Científica (IPC) de João Pessoa está funcionando sob efeito de uma liminar emitida em favor da instituição. Ao mesmo tempo em que funciona, as primeiras obras e serviços começam a ser realizados para que a instituição possa voltar a funcionar plenamente.
“Estamos focando no que foi apontado como sendo muito grave. Temos um prazo de 120 dias para realizar o máximo que pudermos. A gente espera que a Secretaria de Segurança possa financiar as obras, visto que o IPC não tem orçamento”, destacou o diretor geral do IPC na Paraíba, Israel Aureliano.
Uma nova sede para o IPC em João Pessoa já está sendo estudada pela Superintendência de Obras do Plano de Desenvolvimento do Estado. “Já estão analisando os projetos complementares para saber qual será o custo de uma obra deste tamanho. Estamos aguardando.O que temos feito nos últimos tempos é ir apagando focos de problemas pontuais. Agora dependemos do apoio da Secretaria para realizar estas obras”, disse o diretor.
Enquanto uma nova sede não é construída, para continuar funcionando, alguns serviços realizados no IPC foram transferidos para outros locais. O alojamento dos peritos, por exemplo, agora fica na Acadepol, ao menos enquanto não forem realizadas reformas na unidade do IPC que fica no Cristo Redentor.
“A parte de identificação civil, o RG, foi dividida. A confecção e a conferência estão funcionando na Central de Polícia, no Geisel, enquanto o atendimento ao público é realizado na Casa de Cidadania de Jaguaribe”, explicou.
Os exames de balística tiveram que ser cancelados. Apenas exames urgentes são realizados. “Não temos como dar disparos dentro da sala em que estávamos disparando por conta de mudanças que terão de ser realizadas. Então estamos finalizando o procedimento para deslocar este setor para outro local”, disse.
Necrópsia – Algumas imagens fortes do necrotério do IPC assustaram algumas pessoas, mas Israel explicou que os esqueletos vistos nas fotografias estavam, na verdade, sendo alvo de pesquisa por uma perita. “A antropologia forense é assim. A perita estava investigando aquela ossada para descobrir quem era aquela pessoa. Ela saiu para almoçar e foi o momento em que o Ministério Público do Trabalho chegou. Então foi mais um mal entendido. Mas as obras no necrotério também serão realizadas”, explicou.