O recado de Ricardo foi direcionado, também, para outros poderes do Estado, já que o Executivo também tem cortado seu orçamento — Foto:Walla Santos
O governador Ricardo Coutinho (PSB) disse, em entrevista nesta quarta-feira (13), que o Estado não é um “saco sem fundo de dinheiro”, referindo-se à Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e a possibilidade da instituição atrasar a folha de dezembro e o 13º salário.
A UEPB está entre os entes do Estado que reclamam aumento nos duodécimos. O reitor Rangel Júnior disse esperar não atrasar os pagamentos.
“Se atrasar, a responsabilidade é integralmente dele, enquanto reitor, o Executivo não tem nenhuma responsabilidade com isso. Nós passamos o duodécimo todo dia 20. Chega dessa história de gente que vive do duodécimo achar que isso aqui é um saco sem fundo de dinheiro, que conversa é essa, vamos cada um assumir suas responsabilidades”, disse Ricardo.
O Governo do Estado vinha retendo os recursos referentes ao 13º salário, para garantir o pagamento dos servidores da UEPB no final do ano, mas por decisão judicial o Estado passou a liberar o duodécimo integral mensalmente, ficando com a UEPB a responsabilidade de reservar o 13º salário dos seus servidores.
“O reitor da UEPB me mandou um ofício dizendo que queria o mesmo duodécimo deste ano para o próximo ano, porque ele garantiria não só o pagamento normal, integral, já que a primeira parcela do décimo terceiro nós pagamos, ele nos mandou ofício dizendo que garantiria também o pagamento das promoções que ele fez e que eu liberei”, explicou o governador.
O recado foi direcionado, também, para outros poderes do Estado, já que o Executivo também tem cortado seu orçamento. “Eu sou o governador que mais aumentou duodécimos na história da Paraíba. Portanto, é preciso cada um fazer a sua parte. Quem acha que não tem condição de comandar algum órgão, algum poder, que não faça a sua parte com aquilo disponível, aquilo real que existe, paciência, passa para outro. Agora, não dá para achar que isso aqui é um saco sem fundo e que o povo produz dinheiro para que o Estado ache permanentemente que dez, vinte, trinta, quarenta milhões possa ser jogado assim de um lado para outro”, desabafou Ricardo.