Eleições 2014

Aécio e Marina aparecem juntos pela primeira vez após anúncio de apoio

Terceira colocada no primeiro turno, ela apareceu sem o tradicional coque. Tucano disse lamentar o tom agressivo dos debates com Dilma Rousseff.

Aécio Neves e Marina Silva juntos em São Paulo (Foto: Nelson Almeida)Aécio Neves e Marina Silva apareceram pela primeira juntos em São Paulo (Foto: Nelson Almeida/AFP)

A ex-senadora Marina Silva (PSB), terceira colocada no primeiro turno da eleição presidencial, se encontrou com o candidato Aécio Neves (PSDB) nesta sexta-feira (17), em São Paulo, pela primeira vez depois de ter anunciado apoio à candidatura do tucano no segundo turno.

Marina foi à reunião sem o tradicional coque no cabelo, que marcou o visual da candidata durante a campanha. “Estive gripada esses dias e vocês sabem que uma pessoa gripada não pode prender o cabelo molhado. Por isso fiz assim”, disse Marina. “Está muito bonita”, sentenciou Aécio.

Marina e Aécio dão coletiva de imprensa em São Paulo (Foto: Glauco Araújo/G1 SP)Marina e Aécio dão coletiva de imprensa em São Paulo (Foto: Glauco Araújo/G1 SP)

Durante o encontro, foram gravadas imagens para a propaganda eleitoral e discutidas ações a serem adotadas na reta final da campanha.

Após o encontro com Aécio, em um pronunciamento, Marina comparou o candidato tucano ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em razão de, em 2002, o petista ter defendido alterância de poder, assim como faz o tucano nas eleições deste ano.

“Há 12 anos, o candidato Lula disse que queria alternância de poder, que queria mudança e daria garantia da manutenção do real. Doze anos depois, você [Aécio] faz o mesmo gesto, diz que vai recuperar o que se perdeu com esse governo, que é a estabilidade econômica, que vai institucionalizar em lei as políticas como o Bolsa Família. Isso é um passo significativo”, disse.

Em entrevista, Aécio agradeceu o apoio do PSB, da Rede Sustentabilidade e de outras forças políticas e sociais. Ao falar sobre o significado da presença da ex-senadora em sua campanha, o tucano voltou a afirmar que há um movimento em  favor de um país democrático, socialmente justo e preocupado com a sustentabilidade.

Ele disse também que a aliança com Marina é baseada em três aspectos centrais: “o respeito à democracia, consolidação e institucionalização das políticas sociais e desenvolvimento sustentável.”

“Este é um momento histórico da vida nacional. Estamos construindo uma aliança em favor do Brasil, da transformação real da vida daqueles que menos têm. Todo esse esforço foi coroado pelo gesto de generosidade de uma mulher que o Brasil respeita e admira. Marina não apoia um candidato, ela apoia um projeto de Brasil, dela e de todos os brasileiros. Agradeço esse gesto de patriotismo em me ajudar, não só a vencer as eleições, mas de me ajudar a construir um projeto que faça valer a pena vencer as eleições”, disse o presidenciável.

Questionado, Aécio disse que não discutiu no encontro desta sexta sobre a participação de Marina na campanha. Na avaliação do candidato, a forma como ela participou nos últimos dias “é a mais correta”. Indagado se Marina fará parte de seu governo, caso eleito, o presidenciável afirmou não estar pensando no assunto.

“Ela já dá uma contribuição muito expressiva. […] A presença da Marina aqui traz um simbolismo muito muito grande. Eu vejo, através do abraço e do beijo carinhoso que recebi da Marina, o abraço e o beijo carinhoso de milhões de brasileiros que querem mudar esse país”, disse.

Debates
Aécio comentou também sobre os recentes debates com Dilma Rousseff na televisão. O candidato disse lamentar o tom dos programas. Para ele, a eleição não pode ser “uma guerra”, um “vale-tudo”.

“Lamento profundamente o tom nos debates. Eu propus um debate em torno de temas, de segurança pública, de educação, mas a estratégia dela e de seu marqueteiro não foi essa. O desespero dos nossos adversários está fazendo com que eles percam a sensatez. A política não é uma guerra, não pode ser esse vale-tudo no caminho de querer destruir reputações para ganhar eleição.”, afirmou.

“Convoco a candidata Dilma Rousseff para que possamos fazer, nos próximos debates, nos programas, uma campanha de alto nível. Ninguém destrói alguém e vence, como disse aqui a Marina. É preciso vencer as eleições vencendo. E é isso que eu pretendo fazer”, declarou.

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