Após o embargo imposto pela Prefeitura de João Pessoa, o foco do Grupo Ferreira Costa deixou de ser a instalação na Paraíba e voltou-se para o projeto em Natal, capital do Rio Grande do Norte — Foto:Reprodução
O arquiteto responsável pelo projeto de construção do Home Center Ferreira Costa em João Pessoa, Luís Rangel, negou, em entrevista ao ClickPB, nesta terça-feira (12), qualquer irregularidade no projeto original, como vem sendo sustentado pela Prefeitura de João Pessoa, que embargou a obra, inviabilizando a criação de 500 empregos na Paraíba.
De acordo com Luís, “a gente trabalha com a Ferreira Costa já há mais de 20 anos e todos os projetos são de acordo com a legislação local. Não pode uma empresa desse porte trabalhar diferente”. Ele lamentou que existam complicações políticas que impedem o prosseguimento de um projeto que seria tão benéfico para a capital paraibana.
As únicas modificações que foram feitas, de acordo com Luís Rangel, não eram significativas, apenas “ajustes que são solicitados e a gente estava cumprindo tudo. Exigências que são simples, para a tramitação normal do projeto”.
Luís ainda detalhou que se debruça sobre o projeto para construção do Home Center em João Pessoa há um ano e meio e destacou que, além dos empregos diretos, estimados em mais de 500, também seriam gerados uma infinidade de outros empregos indiretos.
Após o embargo imposto pela Prefeitura de João Pessoa, o foco do Grupo Ferreira Costa deixou de ser a instalação na Paraíba e voltou-se para o projeto em Natal, capital do Rio Grande do Norte. “A única informação que me passaram é que estavam retendo o projeto, não ia mais ser a prioridade”, afirmou o arquiteto, destacando que “vamos dar sequência ao de Natal, aí depende se a prefeitura tiver interesse”.
Em nota assinada pela Secretaria de Planejamento, foi informado que a empresa havia elaborado e protocolado um novo projeto que estaria de acordo com a legislação. Segundo a Secretaria de Planejamento, o problema no projeto inicial era o descumprimento às normas estabelecidas pelo Ministério da Defesa por meio do Comando da Aeronáutica, além da falta de requisição de alvará para obras de fortalecimento do solo.
Contudo, o Grupo Ferreira Costa afirma desconhecer a nota da Prefeitura de João Pessoa, desmentindo a Secretaria de Planejamento, pois não existe novo projeto apresentado.
Diante do impasse, o governador Ricardo Coutinho deu declarações, ontem, que pretendia intervir na questão porque a Paraíba não podia perder investimentos. Mas a Prefeitura de João Pessoa ainda não se manifestou sobre convite do governador Ricardo Coutinho para, em reunião nesta quinta-feira (14), discutir o assunto com o Grupo Ferreira Costa.
O secretário de Comunicação, Josival Pereira, não atendeu às ligações e nem retornou os contatos. O Portal ClickPB aguarda a resposta do prefeito Luciano Cartaxo.
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