Aposentadorias

Cássio revela discordâncias na reforma da Previdência

“Não se preocupe que eu não vou ajudar a destruir tudo aquilo que eu mesmo construí”, disse o paraibano, que considera a reforma da Previdência uma injustiça social

Cássio revela discordâncias na reforma da Previdência

Senador Cássio Cunha Lima (PSDB) — Foto:Divulgação

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC 287), que visa alterar as regras de aposentadoria no Brasil, principalmente, dos trabalhadores rurais, idosos de baixa renda e deficientes, não conta com o apoio do senador Cássio Cunha Lima (PSDB), que é vice-presidente do Senado. Cássio foi o autor do projeto de lei que instituiu o benefício. “Não se preocupe que eu não vou ajudar a destruir tudo aquilo que eu mesmo construí”, disse o paraibano. 

Segundo o tucano, as regras da aposentadoria para os trabalhadores rurais, por exemplo, são direitos conquistados pelos agricultores por iniciativa dele, quando era deputado federal. “Então, se hoje eles (agricultores) lutam para manter o pagamento do salário mínimo da aposentadoria, foi porque lá atrás, como deputado federal constituinte, eu garanti esse direito na Constituição”, declarou Cássio, durante entrevista à Rádio Arapuan FM, nesta segunda-feira (20).  

Pelas as novas regras que podem ser estabelecidas pela PEC 287, o trabalhador rural só poderá se aposentar com idade mínima de 60 anos (para homens) e 55 anos (mulheres), um aumento de 10 anos de trabalho em comparação com as regras atuais. E mesmo com 60 e 55 anos, esses camponeses só conseguirão aposentadoria se contribuírem mensalmente com o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) por 25 anos. Mas caso queiram recebem a aposentadoria no valor integral, terão que contribuir por 49 anos.

Injustiça social – Para Cássio Cunha Lima, a reforma da Previdência é uma injustiça social. “Não há como você criticar praticamente nada do que está hoje no Sistema Previdenciário Brasileiro. Talvez a única coisa que possa ser objeto de crítica é o benefício dos presos (Auxílio Reclusão), mas mesmo assim esses presos que recebem o auxilio também são contribuintes do INSS”, avaliou o senador, acrescentando que a reforma da Previdência precisa ser amplamente discutida com a sociedade.  

 Ele defende que a mudança seja amplamente discutida com a sociedade e que as mudanças, caso necessárias, sejam implementadas a logo prazo. “Se tem uma situação de desequilíbrio, tem que ser discutida com a sociedade porque a Previdência pertence à sociedade”, destacou Cássio Cunha Lima, ressaltando que as novas regras afetam também os direitos dos idosos e das pessoas com deficiência, com a desvinculação do Benefício de Previdência Continuado (BPC) – benefício é pago a deficientes e idosos de baixa renda e não exige um mínimo de contribuições.

“Não votarei pela desvinculação do BPC da Previdência para desassistir essas populações”, disse Cássio, adiantando que o seu posicionamento contrário à reforma deve ser seguido pelos demais membros da bancada do PSDB. 

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