Operação Calvário

Delação mostra que Via Engenharia teria pago taxa fixa de 3% em propina sobre contratos com gestão de Ricardo Coutinho

A delação foi feita no âmbito da Operação Calvário, que investiga desvios de recursos da Saúde e da Educação do Estado da Paraíba.

Delação mostra que Via Engenharia teria pago taxa fixa de 3% em propina sobre contratos com gestão de Ricardo Coutinho

Livânia falou ao Gaeco do MPPB fazendo denúncias sobre o ex-governador, dizendo que teria entregue pelo menos R$ 1,8 milhão a Ricardo Coutinho. — Foto:Reprodução TV Globo

Em delação, a ex-secretária de Administração da Paraíba, Livânia Farias, disse que a Via Engenharia pagou propina de 3% sobre os contratos firmados com o Governo da Paraíba na gestão de Ricardo Coutinho. Uma espécie de taxa fixa. A revelação foi feita na tarde desta sexta-feira (10).

A delação foi feita no âmbito da Operação Calvário, que investiga desvios de recursos da Saúde e da Educação do Estado da Paraíba. Livânia falou ao Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público da Paraíba (MPPB) fazendo denúncias sobre o ex-governador, dizendo que teria entregue pelo menos R$ 1,8 milhão a Ricardo Coutinho.

Consta em trecho da delação de Livânia “QUE a VIA ENGENHARIA foi com IVAN BUTIRY para recebimento e também foi na sede da empresa em Brasília conversar com NOLLI no período da campanha de 2012, 2014, 2016 e só não foi em 2018; QUE NOLLI era a ligação/operador da VIA ENGENHARIA; QUE era com NOLLI que conversava para saber como seriam os pagamentos; QUE havia um acerto, dito por NOLLI, que tudo que se pagasse ao consórcio, pois era um consórcio da QUEIROZ GALVÃO, VIA e MARQUISE seria 3%; QUE quem pagava era a VIA e IVAN que pegava; QUE uma vez foi com LEANDRO em Brasília e recebeu o dinheiro; QUE ficaram num hotel em Brasília e distribuiu para os fornecedores.”

Livânia também fez declarações sobre a empresa ABBC: “QUE não havia acerto de propina com a empresa ABBC como havia com a Cruz Vermelha mas houve um pedido nas eleições de 2014; QUE foi a São Paulo conversar com um representante de nome EDSON; QUE ligou para EDSON e o mesmo disse que estava no exterior; QUE teve uma discussão com EDSON pois o mesmo estava no exterior em plena campanha eleitoral; QUE EDSON mandou uma pessoa e disse a ela que estava precisando de um valor para pagar o avião; QUE isso foi em agosto; QUE ficou determinado que ele entregaria R$50.000,00 (cinqüenta mil reais) de entrada para o locador do avião e depois ele entregaria mais R$50.000,00 (cinqüenta mil reais)”.

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