EXCLUSIVO – Líder de uma ONG que pretende acampar em frente ao TSE em cobrança ao julgamento do caso FAC, o paraibano Guilherme Cavalcante Pedrosa não terá problema algum em encontrar um lugarzinho na residência do senador José Maranhão quando viajar para Brasília no cumprimento de sua missão.
Um mergulho na trajetória política de Pedrosa revela que ele tem histórico de ligação com o senador peemedebista, de quem recebeu apoio quando foi eleito vice-prefeito de São Bentinho, em 2000, pelo próprio PMDB.
Hoje, no lugar da administração em São Bentinho, ele coordena a Ong Movimento Pela Dignidade e Ética na Política, que anuncia profundo interesse em cobrar do TSE pressa no julgamento pelo TSE do recurso contra cassação do governador Cássio Cunha Lima (PSDB).
A entidade, que nunca se viu metida em outra manifestação na Paraíba, promete acampar em Brasília até que o ministro Eros Grau peça pauta de julgamento do Recurso Ordinário 1497, sobre o qual o senador Maranhão, presidente do PMDB paraibano, revela direto interesse.
Em 2000, Guilherme Pedrosa foi eleito vice-prefeito de São Bentinho numa chapa que tinha outro peemedebista, Ivan Olímpio de Almeida, como 1.703 votos.
Complicações na CGU e cargo na Emlur
Da administração em São Bentinho, o líder da Ong Movimento Pela Dignidade e Ética na Política, trouxe para si complicações com auditorias da Controladoria Geral da União, tendo sido responsável, pelo extravio de certidões de uma licitação, conforme relatório da CGU, publicada na página do órgão na Internet.
Hoje, no PSB ele divide suas atividades de coordenador do Movimento Pela Dignidade e Ética na Política, com cargo na Emlur, em João Pessoa, a quem está à disposição, conforme portaria 138/07, assinada pela secretária de Administração do Município, Suelma Bruns, no dia 27 de março de 2007, publicado no Semanário Oficial do Município.
Ameaça de investigação por CPI no Senado
Para o senador Carlos Dunga (PTB), a Ong Movimento Pela Dignidade e Ética na Política não merece credibilidade. Ele chegou a anunciar que iria encaminhar requerimento sugerindo que a CPI das ONgs no Senado Federal incluísse a entidade paraibana no rol das organizações investigadas pelo Congresso. 
Para Dunga, a pressão da entidade paraibana é um desrespeito à autonomia das instituições democráticas "que não podem ser desrespeitadas por quem coordenada organizações com fins políticos".
Em nota, a Ong se defendeu alegando que não está fazendo pressão ao TSE para cassar o governador, mas apenas para que o processo seja julgado. O Clickpb tentou entrar em contato com o Movimento Pela Dignidade e Ética na Política, mas não encontrou telefone ou endereço algum, se atendo apenas a citaçòes da entidade em matérias jornalísticas da imprensa local.
Clickpb
Acumulou a função de secretário de administração
Funcionário da Prefeitura de João Pessoa
Veja matérias da ONG Movimento Pela Dignidade e Ética na Política E Guilherme Cavalcante Pedrosa em veículos de comunicação da Paraíba:
Paraibanos vão até Brasília pedir ao TSE que julgue Cássio
Paraibanos que coordenam o Movimento pela Dignidade e Ética na Política (MDEP) vão acampar no início de agosto em frente ao Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília, com o objetivo de pedir ao órgão que julgue o mais rápido possível do governador Cássio Cunha Lima.
Além do protesto, MDEP vai solicitar uma audiência do presidente do TSE, ministro Carlos Ayres Britto, e o relator do processo, ministro Eros Grau.
Segundo um dos coordenadores do movimento, Carlos Alberto Silva, a Paraíba está perdendo muito com esta demora, e os paraibanos já estão sem acreditar no poder de punição da Justiça Eleitoral.
Caso não consigam a audiência, o MDEP vai entregar para os ministros um relatório contendo materiais que expressam o desejo do paraibano em ver o desfecho deste caso.
"O TSE tem que dar exemplo para o Brasil, pois todos os prazos já foram expirados e até agora ninguém tem idéia de quando vai ocorrer o julgamento", avalia Guilherme Pedrosa, que também coordena o movimento.
Como somente os cinco coordenadores do movimento vão viajar para Brasília, eles prometem convocar todos os parlamentares que fazem oposição a Cássio e a população do Estado que mora no Distrito Federal para comparecer e contribuir com o protesto.
Com faixas e cartazes, eles prometem parar a Praça dos Três Poderes, já que vão também vão encaminhar o mesmo relatório para as presidências do Senado e da Câmara.
Eliseu Lins (Portal Correio)
Movimento rebate Dunga e diz que não há pressão sobre TSE
O Movimento pela Dignidade e Ética na Política procurou o WSCOM Online para rebater as declarações do senador Carlos Dunga (PTB) que disse que pediria que a Organização fosse investigada pela CPI das Ongs. Em carta enviada ao WSCOM, o movimento afirmou que não tem intenção de pressionar o Tribunal Superior Eleitoral.
“imaginávamos que um senador da República se sentiria motivado a apoiar qualquer ação que objetivasse sanar dúvidas que pairassem sobre a conduta política de executivos da Administração Pública, principalmente quando resultantes de ações já julgadas procedentes em instâncias jurídicas a nível regional”, diz a carta.
“Não intenção de exercer pressão sobre a mais alta Corte Eleitoral do país, mas fazer os ministros perceberem que a demora no julgamento esta causando graves danos ao estado”, continua.
O documento entregue ao WSCOM foi assinado por Guilherme Cavalcanti Pedrosa – coordenador -, Francicleido da Silva Pereira, Marcos Antônio Alves Bezerra, Maria Javanira Ribeiro e Carlos Alberto Silva.
Wscom
Movimento realiza nova manifestação pela ética na política
O Movimento pela Dignidade e Ética na Política (MDEP) vai realizar nesta quarta-feira (13) mais uma manifestação contra os fatos verificados nas últimas eleições na Paraíba. A concentração será na Praça da Independência, na Capital, a partir das 14h, de onde os manifestantes sairão até a sede do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Guilherme Cavalcante, um dos coordenadores da manifestação, sugere que todos os participantes vistam preto "em repúdio à vergonha da qual a Paraíba foi alvo na mídia nacional".
Segundo Guilherme, o movimento repudia atos verificados na campanha deste ano "como a compra de votos, malotes jogados pela janela, uso da máquina administrativa e a distribuição de cheques da FAC, entre outros abusos de poder".
Correio da Paraíba