O vereador Alexandre do Sindicato, líder do prefeito Romero Rodrigues, admitiu nesta quinta-feira (19) que um dos principais focos do projeto de parcerias público-privadas (PPP) do Poder Executivo é a Companhia de Água e Esgoto da Paraíba (Cagepa). Alexandre do Sindicato acredita que o projeto, que foi solicitado de volta pelo prefeito à Câmara para ampliar seu raio de ação, deve também alcançar os bens da companhia de água. O objetivo de Romero é passar o serviço à iniciativa privada por meio de PPP.
Para o vereador, a Prefeitura não precisa pagar os investimentos feitos pela Cagepa no sistema de abastecimento de água e tratamento de esgoto, para assumir o serviço.
“A Cagepa passou mais de 50 anos explorando o serviço de distribuição de água e tratamento de esgoto sem pagar um real à prefeitura. Além do mais, a autarquia estadual abarcou, sem indenizar, os bens da antiga empresa que explorava o serviço”, lembra. Para o vereador, a Cagepa, ao longo dos anos, vem prestando um desserviço à cidade de Campina Grande.
“Vamos oferecer a concessão para outras empresas explorarem o serviço de abastecimento d’água e aquelas que ofertarem uma melhorar proposta é que vão gerir a água de Campina Grande”, garante, informando que a Cagepa também pode concorrer no certame.
O líder do prefeito revelou ainda que uma comissão de vereadores deve visitar algumas cidades do Brasil, a exemplo de Sousa, Ribeirão Preto e outras, para ver o modelo da parceria público-privada. Alexandre acredita que o gargalo Prefeitura de Campina Grande/Cagepa seja resolvido até meados de 2018.
Para o vereador, o projeto de parceria público-privada deve retomar à Câmara o mais breve possível. “É um caminho sem volta”, destaca Alexandre, acrescentando que a Procuradoria do município deve convidar os vereadores da base de sustentação política do prefeito para esclarecer alguns pontos do projeto.
O vereador garante que o projeto não prevê privatização, apenas amplia a parceria de organizações privadas com o serviço público. Alexandre também jura que não haverá terceirização e o servidor será preservado. “O funcionário é um patrimônio público”.
No último dia 3, Romero solicitou à Câmara a devolução do documento (Reprodução)