Irregularidades

Lista de políticos com contas rejeitadas tem cerca de 600 nomes, afirma presidente do TCE

Lista deve ser entregue em abril para a Justiça Eleitoral e o Ministério Público Eleitoral. Políticos paraibanos podem se tornar inelegíveis por conta da Lei da Ficha Limpa.

Lista de políticos com contas rejeitadas tem cerca de 600 nomes, afirma presidente do TCE

Lista já está quase pronta, afirma presidente do TCE — Foto:Walla Santos

Uma lista em que nenhum gestor público quer estar: a dos que tiveram contas rejeitadas e se tornarão inelegíveis nas próximas eleições, deve sair em abril. O presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB), conselheiro André Carlo Torres, revelou que cerca de 600 políticos paraibanos constam nessa lista este ano, e podem ser pegos pela Lei da Ficha Limpa.

“Vamos encaminhar esta lista para a Justiça Eleitoral e para o Ministério Público Eleitoral, que vão avaliar que candidatos estarão aptos ou não a disputar as eleições deste ano”, explicou Torres.

Em geral esta lista era encaminhada em julho para os órgãos competentes. No entanto, com as mudanças na legislação eleitoral o procedimento foi adiantado em três meses e, ao longo do período prévio às eleições, a lista passará por atualizações.

“São gestores e ex-gestores que o Tribunal apontou terem contas reprovadas. É um número que está dentro da média histórica dos últimos anos. E como tomamos por base os últimos oito anos, então temos uma variação muito pequena, pois a quantidade dos que saem e dos que entram é muito parecida”, disse.

Torres explicou que a entrega oficial da lista está sendo agendada com a Justiça Eleitoral e com o Ministério Público Eleitoral, para que os nomes dos gestores e ex-gestores com contas reprovadas sejam disponibilizados aos demais órgãos, embora a relação já esteja disponível no TCE. 

“Estamos concluindo a primeira parte da lista. Após a conclusão, vamos pedir a audiência para a entrega. Ao longo dos meses seguintes, conforme os processos forem sendo julgados e de acordo com a chegada de novos gestores, vamos enviando as atualizações”, revelou.

Para o presidente do TCE, a Lei da Ficha Limpa tem sido um instrumento decisivo para melhorar a qualidade da gestão pública no Brasil. Nas eleições de 2016 a mesma lista foi elaborada pelo TCE, e, naquele ano, contava com mais de 1,2 mil nomes. A redução pela metade é uma conquista dos órgãos de fiscalização e do comprometimento das gestões.

“Tenho percebido uma maior participação e maior contribuição dos gestores com os órgãos de fiscalização. Tem muitos gestores e equipes técnicas que vêm ao tribunal para tirar dúvidas. A lei tem contribuído para tentar fazer da gestão pública um ambiente onde se preste um serviço de qualidade para a população. Temos tido uma percepção de que está havendo um maior comprometimento dos gestores públicos com a administração”, concluiu.

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