Reforma agrária

Procurador do MPF diz que circunstâncias das mortes de militantes do MST supõem motivação política

"Eles foram assassinados em um acampamento durante uma reunião que tratava de estratégias desse acampamento”, destacou José Godoy.

Procurador do MPF diz que circunstâncias das mortes de militantes do MST supõem motivação política

O procurador mostrou-se preocupado com a preservação de direitos básicos fundamentais — Foto:Walla Santos

As circunstâncias das mortes dos dois militantes do MST na noite do último sábado (09) na cidade de Alhandra, levam a crer na existência de motivação política, de acordo com o procurador dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal (MPF), José Godoy. Em entrevista à rádio BandNews nesta terça-feira (11), Godoy afirmou que não dá para desconsiderar o contexto em que o crime aconteceu.

“A forma como aconteceu, o local onde aconteceu, todas as circunstâncias como aconteceram levam a crer tratar-se de um crime em decorrência da luta deles dentro do movimento pela Reforma Agrária. Eles foram assassinados em um acampamento durante uma reunião que tratava de estratégias desse acampamento”, destacou José Godoy.

Apesar de a apuração do crime ser de responsabilidade do Ministério Público do Estado da Paraíba e da Polícia Civil, o procurador do MPF ressalta que a discussão sobre o assunto é nacional. Godoy aponta que o crime “toca uma política pública de competência do Governo Federal, que é a reforma agrária. E é algo que nos preocupa até mesmo pela forma como aconteceu, a forma bárbara como aconteceram os crimes. Uma execução muito dura e algo que realmente chama atenção”.

O procurador mostrou-se preocupado com a preservação de direitos básicos fundamentais. De acordo com ele, o recente crime registrado no acampamento Dom José Maria Pires, em Alhandra, “demonstra que o Brasil tem muito o que caminhar e o pior, está retrocedendo em questões básicas de direitos humanos”.

A promotora de Justiça de Alhandra, Ilcléia Mouzalas, instaurou procedimento administrativo para acompanhar as investigações sobre as mortes de Rodrigo Celestino e José Bernardo da Silva (conhecido como Orlando), ocorridas no acampamento Dom José Maria Pires e já está mantendo contato direto com a delegada que preside o inquérito policial e com o delegado-geral.

O procurador-geral de Justiça, Francisco Seráphico Ferraz da Nóbrega Filho, também designou o promotor de Justiça Márcio Gondim para auxiliar nos trabalhos da promotoria de Alhandra.

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