O marido de uma paciente do Hospital São Vicente de Paulo procurou o ClickPB para denunciar a longa fila de espera que existe para a quimioterapia na unidade de saúde. Segundo o homem, a esposa precisou passar por cirurgia no Recife e, ao retornar para João Pessoa, perdeu a vaga que já tinha durante o tratamento no São Vicente de Paulo e teve que enfrentar a fila que tem mais de 200 pessoas.
“Minha esposa faz tratamento lá desde o começo do ano passado. Foi diagnosticada com câncer no intestino, com metástase no fígado. Ela fez o tratamento de quimioterapia de cinco sessões. Só que as quimioterapias não resolveram, as dores foram aumentando, e ela foi encaminhada para Recife para fazer cirurgia”, explicou o esposo da paciente.
Foi então que descobriram a perda da vaga. “Nesse tempo, a gente não foi informado de que seria preciso continuar em contato com o hospital para que, quando voltasse da cirurgia, ela pudesse continuar o tratamento. Ela se recuperou, fomos a Recife, o médico fez a avaliação, retornamos para João Pessoa, fomos ao hospital e nesse tempo ela perdeu a vaga. Ou seja, o paciente que passa 30 dias sem fazer quimioterapia o sistema retira ele automaticamente e coloca outra pessoa.”
O casal, então, descobriu a longa fila e uma condição. “Quando a gente deu entrada, ficou sabendo que existe uma fila com mais de 200 pessoas esperando esse recurso da prefeitura (para as quimioterapias), é um recurso extra, segundo o diretor do hospital falou. Na verdade se trata não só da minha esposa e sim de uma fila de espera no Hospital São Vicente de mais de 200 pessoas a espera de uma verba da prefeitura.”
O marido da paciente que espera pela continuação da quimioterapia disse ao ClickPB que acionou o Ministério Público da Paraíba (MPPB).
O ClickPB entrou em contato com a Secretaria de Saúde de João Pessoa, a qual informou em nota “que está em dia com os valores repassados para as instituições contratadas e conveniadas para tratamentos de saúde, inclusive oncológicos.”
Não foi possível contato com o diretor do Hospital São Vicente de Paulo, George Guedes.