Pesquisa

Mulheres sentem mais ansiedade e medo da Covid-19, diz estudo da UFPB

O estudo contou com a participação de 633 homens e mulheres adultos, na faixa etária entre 18 e 68 anos.

Mulheres sentem mais ansiedade e medo da Covid-19, diz estudo da UFPB

Mulheres são mais afetadas psicologicamente pela pandemia — Foto:Reprodução

Pesquisadores do Departamento de Psicologia da Universidade Federal Paraíba (UFPB) avaliaram o medo associado à Covid-19 no Brasil. O estudo contou com a participação de 633 homens e mulheres adultos, na faixa etária entre 18 e 68 anos.

Na pesquisa, foi constatado que os níveis de medo associado à Covid-19 das mulheres foram mais elevados que os dos homens. Além disso, ficou evidente a associação entre medo e ansiedade com relação ao novo coronavírus, que causa a doença Covid-19.

“Foi observado que o medo associado ao novo coronavírus se correlacionou de maneira positiva e significativamente com a ansiedade, de modo que, quanto maior era o nível de medo, maiores eram os níveis de ansiedade dos participantes”, relata Shirley Simeão, docente que participou do estudo.

Para chegar a esses resultados, foi utilizado o “Fear of Covid-19 Scale (FCV-19S)”, que se trata de um instrumento psicológico composto por sete itens. Essa metodologia foi desenvolvida por pesquisadores iranianos, com o objetivo de avaliar o nível de medo associado à Covid-19 na população.

“Essa é a principal ferramenta utilizada internacionalmente para averiguar o impacto da pandemia na saúde das pessoas. A pesquisa é inédita no país. Solicitamos a permissão dos autores da escala original para adaptação ao contexto brasileiro”, conta Washington Allysson, um dos pesquisadores da UFPB.

Através de dois estudos empíricos com 479 mulheres e 184 homens, 633 pessoas no total, autodeclarados heterossexuais, a equipe da UFPB verificou a adequação semântica e teórica da medida para uso em amostras brasileiras, além da precisão do instrumento em avaliar o medo associado à Covid-19.

Shirley Simeão afirma que o estudo mostra a importância de investigar como as pessoas estão lidando com algo que não vai acabar agora e como isso vai impactar no comportamento delas.

“Isso é um fato que gerou impacto emocional muito grande. As pessoas têm um temor em virtude do número de mortes. Então acredito que, por tudo isso, os resultados podem ser utilizados para justificar intervenções com o intuito de reduzir esse medo”, destaca.

O artigo de validação da escala foi aceito para a publicação na revista de alto impacto “Arquivos Brasileiros de Psicologia”, avaliada em Qualis A2, pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Para ter acesso à versão adaptada do artigo, enquanto ele não é publicado na íntegra, é necessário solicitá-la por um destes e-mails: [email protected] ou [email protected].

O estudo foi realizado em junho deste ano, por pesquisadores vinculados ao Grupo de Pesquisa em Comportamento Político e ao Laboratório de Pesquisa em Cognição e Comportamento da federal paraibana. Colaboraram os pesquisadores Tátila Rayane e Lucas Gabriel.

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