Providências

Operadora de saúde economiza mais de R$ 38 milhões com corte de contratos para garantir sustentabilidade

Só no setor jurídico, por exemplo, a rescisão de apenas quatro contratos foi responsável por uma redução de R$ 22,9 milhões nas despesas.

Operadora de saúde economiza mais de R$ 38 milhões com corte de contratos para garantir sustentabilidade

Segundo o atual Diretor-Executivo da Geap, Ricardo Marques Figueiredo, mais de 20 contratos dispendiosos já foram cancelados — Foto:Reprodução/Jean Carlos

Ações emergenciais conduzidas pela nova Diretoria Executiva da Operadora têm objetivo de encerrar o processo de Direção Fiscal e garantir a sustentabilidade do negócio; mais de 20 contratos já foram cancelados; outras providências estão em andamento e preveem mais ajustes.

Em apenas 4 meses, todos os planos de saúde do Brasil somaram a perda de 212.595 clientes, segundo balanço divulgado na última quarta-feira (8) pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Para contornar esse panorama, as operadoras de saúde estão tomando medidas urgentes visando sua sustentabilidade. Uma delas é a Geap Saúde. Em apenas um mês de início da nova gestão, a Operadora adotou cortes de despesas e reajuste orçamentário dos custos administrativos e assistenciais que já somam mais de R$ 38 milhões. Só no setor jurídico, por exemplo, a rescisão de apenas quatro contratos foi responsável por uma redução de R$ 22,9 milhões nas despesas.

Ainda conforme a pesquisa da ANS, em março deste ano, o número de beneficiários somou 47,053 milhões, o número mais baixo em 12 meses. Um mês antes, em fevereiro, esse número era 47,096 milhões (42.935 a mais). A diminuição mais significativa é verificada entre os clientes de planos individuais que, em um ano, tiveram queda de 11% (menos 104 mil clientes), para 9,049 milhões em março. Já o número de clientes de planos empresariais cresceu 5% (173 mil clientes a mais) na comparação com março do ano passado, somando, atualmente, 31,4 milhões de brasileiros.

Segundo o atual Diretor-Executivo da Geap, Ricardo Marques Figueiredo, mais de 20 contratos dispendiosos já foram cancelados e todos os que ainda são onerosos para a Operadora passarão por revisão para repactuação ou cancelamento. Esses são apenas alguns dos primeiros efeitos de uma série de ações que devem se intensificar. Todos os setores estão  envolvidos na finalização dos planos de ação do Planejamento Estratégico, que têm com foco a saída da Direção Fiscal e a garantia da oferta de serviços para os beneficiários, destacou.

O executivo apontou que já foram traçadas mais de 80 ações para dar mais garantia de sustentabilidade à Geap. Entre as ações mais imediatas apontadas por ele está a reestruturação do fluxo de pagamento, que passará a ser executado somente com 60 dias, resguardados os casos excepcionais. Outra medida adotada para garantir maior controle dos contratos é a centralização das contratações estaduais na Diretoria Executiva, em Brasília-DF.

Também estão acontecendo reuniões de renegociação com as empresas e instituições conveniadas para reajustar os valores pagos e as condições dispostas nos contratos. 
“Precisamos ajustar os contratos de forma que tanto essas instituições quanto a Geap sejam beneficiados. Precisamos encontrar as condições ideais, caso contrário esses convênios não se sustentarão”, enfatizou o Diretor de Finanças, Cláudio Lopes Barbosa.

Ainda está sendo providenciada pela Diretoria a reestruturação da Operadora em todos os estados brasileiros. O Diretor-Executivo observou que está sendo feita uma análise de negócios em cada unidade federativa, mediante acompanhamento diário dos indicadores financeiros e assistenciais. São indicadores como receita, despesa, uso dos planos, sinistralidade, evasão e adesões. “As Gerências que não estiverem apresentando resultados positivos serão reestruturadas”, frisou o Diretor-Executivo.

Outra medida adotada pela atual gestão da Geap visando a sustentabilidade da instituição, é a cobrança de dívidas dos beneficiários inadimplentes. Até então, as ações de cobranças não alcançavam o êxito desejado. A intenção é permitir que o plano se torne menos oneroso, exigindo, assim, um menor percentual de reajuste anual. Dessa forma, será evitado que o custeio sobrecarregue os beneficiários adimplentes, distribuindo melhor o fardo do mutualismo, finalizou Cláudio Barbosa.

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