Dados de relatório

PB tem 24 mortes confirmadas para dengue, zika e chikungunya e outras 13 são investigadas

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (4) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) da Paraíba e constam no relatório da 19ª Semana Epidemiológica.

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Foto: Pixabay/Ilustrativa

A Paraíba tem 24 óbitos confirmados para dengue, zika e chikungunya e 13 em investigação. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (4) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) da Paraíba e constam no relatório da 19ª Semana Epidemiológica.

Das 24 mortes confirmadas por arboviroses, foram duas confirmadas para dengue (em Araruna e João Pessoa) e uma confirmada para Zika (também na Capital). Oito óbitos já foram descartados (Alagoa Nova (1), Areia (1), Campina Grande (2), Sousa (1), Serra Redonda (1), Soledade (1), e Umbuzeiro (1)) após exames e investigação do município.

Os 13 óbitos em investigação são em Bayeux (1), Cacimba de Areia (1), João Pessoa (4), Campina Grande (2), Conde (1), Fagundes (1), Junco do Seridó (1), Santa Rita (1) e Solânea (1). Dos óbitos que estão em investigação, quatro foram notificados pelo Serviço de Verificação de Óbito (SVO), o que remete a exames mais específicos junto aos laboratórios de referência que, em média, demoram 30 dias.

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“É oportuno lembrar da necessidade da solicitação de exames durante a suspeita clínica para os agravos, evitando que tal situação só possa ser evidenciada após o óbito do usuário. Exames realizados de forma oportuna auxiliam na conduta clínica e evitam situações como a evidência de um agravo só a partir de uma notificação do SVO”, disse a gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES, Talita Tavares.

Dentre os casos sinalizados como óbitos suspeitos de arboviroses, chama a atenção o fato de 58,3% terem idade abaixo de 15 anos. Somando-se a este fato os dois casos confirmados (um de dengue e um de zika) são crianças de cinco anos abaixo. Um fato relevante que deve chamar atenção da Sociedade de Pediatria, como da população em geral.

“Ao analisarmos as investigações observamos que as crianças ao entrarem em um serviço assistencial com sinais de alerta, muitas vezes são encaminhadas para casa sem observação adequada. Arboviroses são viroses e possuem protocolos específicos que devem ser seguidos, assim, o Protocolo de Manejo Clínico e Estratificação de Risco deve ser utilizado para todos os casos suspeitos”, explicou Talita Tavares.

Os óbitos suspeitos são de notificação imediata, no período de 24 horas, conforme Portaria Consolidada Nº 04, de 28 de setembro de 2017. Toda suspeita deve ser investigada no âmbito domiciliar, ambulatorial e hospitalar utilizando o Protocolo de Investigação de Óbito por Arbovírus Urbano no Brasil emitido pelo Ministério da Saúde.

Municípios

Entre os municípios da Paraíba com incidência das três arboviroses (consolidadas acima de 300 por 100 mil habitantes) temos: Teixeira, Maturéia, Areia, Lucena, São Sebastião do Umbuzeiro, Princesa Isabel, Alagoa Nova, Esperança, Cacimba de Dentro, Conde, Sertãozinho, Baraúna, Caaporã, Araruna, Casserengue, Lagoa de Dentro, Taperoá, São José de Princesa e Juripiranga. Dessa forma, a SES orienta a intensificação das ações de campo de combate ao Aedes e o reforço das buscas ativas de casos suspeitos para detecção precoce dos casos, evitando-se o agravamento.

Ações

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, o carro fumacê segue cronograma de execução de acordo com os índices de infestação e/ou ocorrência de óbitos. Porém, antes do trabalho de carro fumacê diminuindo a densidade dos mosquitos naquele território, a SES informa que se tem como principal trabalho o de campo (o dia a dia dos Agentes de Combate às Endemias) e o cuidado de cada usuário com seu domicílio.

A SES, por meio da GEVS, disse ainda que segue qualificando a rede assistencial, organizando o fluxo de amostras junto ao Laboratório Central de Saúde Pública da Paraíba (Lacen), qualificando os dados epidemiológicos para melhor nortear o trabalho de cada gestor municipal, dando suporte às ações de campo com o Ultra Baixo Volume (UBV) pesado, disponibilizando material e equipe de entomologia para as ações e mobilizações, trabalhando junto aos municípios com equipe técnica de vigilância ambiental de cada Gerência Regional de Saúde.

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