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Anatel adia para setembro prazo para implantação do 5G nas capitais

Conselho diretor da agência atendeu a recomendação de grupo técnico. Edital do 5G previa prazo até julho, com possibilidade de extensão por 60 dias.

Anatel adia para setembro prazo para implantação do 5G nas capitais

Segundo nota divulgada pela Anatel, o conselho diretor aprovou o adiamento diante da falta de equipamentos para fazer a "limpeza da faixa" de 3,5GHz, que será usada pelo 5G. — Foto:Reprodução

O Conselho Diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou, nesta quinta-feira (2), a proposta do grupo técnico para estender até 29 de setembro o prazo para a entrada em operação da tecnologia 5G nas capitais do país.

O adiamento foi recomendado pelo grupo que coordena a implantação da internet 5G no país, o Gaispi. Criado pela Anatel, o grupo também é composto por representantes do Ministério das Comunicações e das empresas vencedoras do leilão.

Em maio, o Gaispi afirmou que a proposta não representa, necessariamente, o adiamento do 5G, mas, sim, a concessão de prazo adicional para cumprimento das obrigações necessárias à ativação da tecnologia. Isso porque, nas capitais onde já houver condições técnicas, o sinal poderá ser disponibilizado antes.

Segundo nota divulgada pela Anatel, o conselho diretor aprovou o adiamento diante da falta de equipamentos para fazer a “limpeza da faixa” de 3,5GHz, que será usada pelo 5G.

Pelo edital do leilão do 5G, a tecnologia deveria estar disponível nas capitais até 31 de julho. Porém, o documento já previa a possibilidade de estender o prazo por 60 dias. Assim, após a aprovação no conselho diretor, o prazo foi estendido sem necessidade de alterar o edital.

Nada muda no prazo de implantação nas demais cidades. Está mantido o cronograma que estabelece a entrada em operação gradualmente até 2029.

De acordo com a Anatel, o 5G pode ser implementado antes de setembro nas capitais em que houver possibilidade de antecipação. Nesses casos, não será necessária aprovação do conselho diretor.

‘Limpeza de faixa’

A faixa de 3,5GHz, usada pelo 5G, também é utilizada para transmissão do sinal da TV parabólica. A limpeza é necessária porque o Ministério das Comunicações definiu que a implantação do 5G não prejudicaria as pessoas que assistem TV aberta e gratuita por meio dessa tecnologia de radiodifusão.

Para não haver interferência, o sinal das parabólicas será transferido para outra faixa de frequência, e a faixa de 3,5 GHz será usada somente para o 5G. Kits de recepção do novo sinal das TVs parabólicas serão distribuídos à população.

De acordo com a Anatel, há a entrega dos equipamentos necessários para isso no prazo original se tornou uma “impossibilidade” para a indústria.

“O lockdown na China, a escassez de semicondutores, as limitações do transporte aéreo e a demora no desembaraço aduaneiro trouxeram impactos ao projeto”, afirma a agência em nota.

Legislação

Para receber a tecnologia 5G, boa parte das capitais e demais cidades também precisarão mudar a legislação municipal para adequar as normas à Lei Geral de Antenas e a um decreto de 2020.

O objetivo é atender à necessidade de instalação de, no mínimo, uma antena por 100 mil habitantes.

De acordo com o Ministério das Comunicações, 16 capitais brasileiras já fizeram a adequação legislativa para implementar o 5G ainda em julho. Ainda assim, as empresas de telefonia precisam dos equipamentos para fazer a “limpeza de faixa”.

As capitais com legislações adequadas à nova tecnologia, segundo o ministério, são:

  • Manaus
  • Fortaleza
  • Brasília
  • Vitória
  • São Luís
  • Campo Grande
  • Curitiba
  • Recife
  • Teresina
  • Rio de Janeiro
  • Natal
  • Porto Alegre
  • Porto Velho
  • Boa Vista
  • Florianópolis
  • São Paulo

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