O aplicativo de mensagens Telegram está fazendo preparativos para lançar sua própria criptomoeda e plataforma de blockchain. De acordo com o TechCrunch, o aplicativo de mensagens planeja revelar nos próximos meses a Telegram Open Network (TON), que poderá processar pagamentos com uma criptomoeda nativa, a ser chamada de Gram.
Como ocorre com boa parte dos projetos baseados em blockchain, o TON deve ser financiado com uma oferta inicial de tokens (ICO), semelhante à oferta inicial de ações (IPO) que acontece na bolsa de valores. No entanto, em vez de fazer um ICO com outras criptomoedas (como bitcoin e ether), o Telegram deve exigir moedas tradicionais dos futuros investidores.
Como funciona
As informações dão conta de que o blockchain terá uma parte centralizada e outra descentralizada — isso permitirá que a rede tenha sua capacidade expandida mais rapidamente, quando comparado a uma plataforma de blockchain totalmente descentralizada. A expectativa é que a tecnologia possa processar cerca de 1 milhão de transações por segundo.
Os mais de 180 milhões de usuários do Telegram poderão ter uma carteira virtual, que armazena tanto moeda tradicional quanto a criptomoeda própria do aplicativo. As transações são feitas entre os usuários do Telegram, seja humanos ou bots. E, em vez de garantir a segurança do blockchain com prova de trabalho (como o Bitcoin), o TON deve exigir prova de participação, sem gastar tanto processamento ou energia elétrica.
A reserva de moedas será de 200 milhões de Grams, sendo que 4% serão mantidos com a equipe de desenvolvimento do Telegram por quatro anos. Pelo menos 52% dos Grams serão retidos para proteger a criptomoeda contra especulação e manter a flexibilidade. Os outros 44% serão vendidos, sendo que a pré-oferta inicial de tokens deve arrecadar até US$ 500 milhões dos primeiros investidores.
Se tudo der certo, os detalhes da TON serão revelados nas próximas semanas. A carteira do Telegram deve chegar no quarto trimestre de 2018, e o restante dos serviços seria lançado na primeira metade de 2019.
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