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Facebook suspende mais 200 aplicativos por uso irregular de dados pessoais

​Após vazamento de dados de 87 milhões de usuários, rede social está conduzindo investigação que acabou de suspender provisoriamente mais 200 aplicativos dentro do Facebook

Facebook suspende mais 200 aplicativos por uso irregular de dados pessoais

Até agora, no entanto, a empresa não divulgou quais são esses aplicativos e se eles atuaram no Brasil ou não, por exemplo. — Foto:Reprodução

O anúncio é resultado de uma investigação que a empresa está fazendo após o  escândalo do vazamento de dados pessoais de 87 milhões de usuários que obrigou, inclusive, o CEO Mark Zuckerberg a prestar esclarecimentos  nas duas casas do congresso dos Estados Unidos.

O vice-presidente de parcerias de produtos do Facebook, Ime Archibong, explicou que a investigação, ainda em andamento, quer “determinar se os aplicativos utilizaram de maneira irregular os dados”.

Eles estão analisando se os apps realizaram algum tipo de operação indevida com coleta de dados de usuários de forma similar ao que a Cambridge Analytica, uma consultoria britânica, fez através de um teste de personalidade quando coletou dados dos participantes e depois utilizou essas informações para aprimorar técnicas de marketing em campanhas políticas, incluindo na eleição do presidente norte-americano Donald Trump.

Ime Archinbong explicou ainda que milhares de aplicativos já tinham sido investigados e que “grandes equipes de especialistas internos e externos estão trabalhando muito para analisar esses aplicativos o mais rapidamente possível”. Apesar disso, ele admitiu que “há muito mais trabalho a ser feito para encontrar todos os aplicativos que poderiam ter utilizado de forma indevida dados das pessoas no Facebook, e isso pode demorar um pouco.”

Tanto trabalho se deve ao fato de que a empresa está tendo que analisar todos os aplicativos que estiveram ativos na rede antes de 2014 quando o Facebook finalmente mudou dua política de acesso aos dados de seus usuários. Ele, no entanto, se comprometeu a “assim que encontrarmos evidência de que esses ou outros aplicativos utilizaram dados incorretamente, nós os proibiremos e notificaremos as pessoas.”

Essa já seria uma postura diferente da adotada na ocasião em que o Facebook descobriu o vazamento da Cambridge Analytica e decidiu não divulgar publicamente e nem mesmo avisar os usuários afetados. Na ocasião, a empresa apenas pediu para que os dados fossem apagados e assumiu que teria resolvido o problema o que, agora se sabe, acabou não acontecendo.

Após admitir o erro, a inocência e pedir desculpas, Mark Zuckerberg anunciou medidas para impedir que isso voltasse a acontecer como é o caso da própria investigação que agora resulta na suspensão temporária de pelo menos 200 aplicativos.

O processo de investigação foi dividido pela empresa em duas fases. Depois de fazer essa revisão abrangente para identificar todos os apps que podem ter tido acesso aos dados pessoais dos usuários indevidamente, a equipe do Facebook faz entrevistas, solicita informações aos desenvolvedores e proprietários dos respectivos aplicativos e pode até fazer uma inspeção presencial em cada local.

Até agora, no entanto, a empresa não divulgou quais são esses aplicativos e se eles atuaram no Brasil ou não, por exemplo.

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