A IBM desenvolveu uma técnica que permite o armazenamento de dados em um único átomo, ou mais precisamente, um bit em um único átomo. Uma tecnologia desse tipo poderia permitir mídias capazes de altíssima densidade, em que quantidades enormes de informação poderiam ser guardadas em dispositivos pequenos: segundo a IBM, seria possível armazenar todo o catálogo de 35 milhões de músicas da iTunes em um dispositivo com dimensões similares às de um cartão de crédito comum.
Ainda distante de aplicação em produtos domésticos, a técnica abre caminho para novas pesquisas e responde diversas questões sobre os limites físicos para se guardar e ler dados.
Discos rígidos atuais, como o que você tem no seu computador, precisam de uma média de 100 mil átomos para reter um bit (que é a menor unidade da informação). Segundo os pesquisadores da IBM, testes em laboratório permitem calcular que um disco usando a nova técnica teria uma densidade de 600 terabits por polegada quadrada de superfície: são trilhões de bits em uma área minúscula.
A gravação em átomos criada pela IBM usa um processo magnético, semelhante ao que é usado para a gravação de informação nos discos rígidos. Entretanto, as condições para a realização do feito exigem um ambiente de laboratório extremamente controlado, com direito a vácuo e uso de hélio líquido para controle de temperatura.
A pesquisa da IBM pode levar a tecnologias de armazenamento de dados muito mais compactas e econômicas, já que as dimensões físicas de unidades que se beneficiassem da técnica seriam muito menores: computadores, notebooks, celulares e até data centers poderiam tirar proveito de alta densidade em dispositivos de tamanho muito reduzido.
Embora essas condições necessárias para, hoje, gravar e ler dados diretamente de um único átomo deixem o sonho de armazenar petabytes de dados em mídias de armazenamento mais distante, a IBM confia que as descobertas relacionadas à pesquisa poderão ser aplicadas em produtos com foco comercial. Até hoje, ninguém sabia até que ponto é possível reter dados em átomos de forma confiável e o feito da IBM não apenas responde essa questão, como abre caminho para novas pesquisas e técnicas voltadas à criação de novas tecnologias de armazenamento de dados de altíssima densidade.
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