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Microsoft encerra de vez o suporte ao Windows Vista

Na prática, isso quer dizer que o sistema operacional que completou uma década no início do ano continua funcionando, mas não deve receber mais qualquer tipo de atualização

Microsoft encerra de vez o suporte ao Windows Vista

Eventualmente, muita gente passou a acreditar que o Windows 7 era o Vista — Foto:Reprodução/operationalhistory

Conforme já tinha sido anunciado pela Microsoft em março, o Windows Vista perde oficialmente nesta terça-feira (11) todo o suporte por parte da empresa. Na prática, isso quer dizer que o sistema operacional que completou uma década no início do ano continua funcionando, mas não deve receber mais qualquer tipo de atualização – sejam updates de segurança, patches de correção ou drivers registrados pela companhia.

Como essas medidas significam que os usuários da plataforma vão ficar mais suscetíveis a exploits, falhas de segurança e outros tipos de vulnerabilidade, a companhia de Redmond também encerrou as linhas de suporte técnico ao programa – praticamente obrigando qualquer consumidor mais consciente a recorrer a versões mais recentes do produto. Seja como for, a decisão não deve ter um grande impacto na base de usuários do Vista, já que sua impopularidade só cresceu ao longo do tempo.

Basta ver que, enquanto o clássico Windows XP – lançado em outubro de 2001 – ainda é usado por 7,44% de todos os internautas no mundo, seu sucessor retém apenas uma fração desse número: 0,72%. Os motivos para esse insucesso do Windows Vista são muitos e acabaram fazendo com que a Microsoft desse início ao desenvolvimento do Windows 7 em ritmo acelerado. No final das contas, essa sequência XP-Vista-7 reforçou o mito bastante difundido que a empresa alternava edições boas e ruins do sistema operacional.

Probleminhas e problemões
Lançado oficialmente em 30 de janeiro de 2007, o Vista representava uma mudança bastante radical sobre a família Windows e indicava uma visão futurista da Microsoft para as plataformas desktop. Do lado da experiência do usuário, a interface padrão do sistema dava lugar ao amado/odiado Aero, um aprimoramento visual mais arrojado e cheio de transparências. Enquanto isso, do ponto de vista operacional e financeiro, a companhia resolveu lançar seis edições distintas do produto, cada uma com seu próprio público e recursos.
Embora esses elementos possam ter sido vistos inicialmente como uma força do software, logo se tornaram seus primeiros reveses. Ter que escolher entre versões Starter, Home Basic, Home Premium, Business, Enterprise e Ultimate, por exemplo, era algo confuso, já que não ficava muito claro quais eram as diferenças entre elas – diferentemente do que acontecia com edições sabidamente corporativas ou voltadas para TI, como Windows 2000 e, posteriormente, Windows Server 2003.

O Aero e boa parte dos efeitos visuais incluídos no sistema operacional, por sua vez, exigiam que a máquina em que o Vista era instalado tivesse um hardware bem superior ao que o do XP, sob a pena de lentidões, travamentos e uma experiência bem truncada para o consumidor. O problema é que, quem resolvia fazer um upgrade para encarar a nova plataforma acabava se deparando com poucos drivers, diversos problemas de incompatibilidade e muita dor de cabeça para fazer tudo funcionar adequadamente.

Outros itens, como a introdução do Controle de Conta de Usuário (UAC, no original) – que eram bem intrusivas ao pedir a autorização do consumidor para qualquer atividade que mexesse diretamente com a plataforma – e a adoção de um sistema de DRM integrado, por exemplo, também ajudaram a criar uma barreira extra, impedindo que os usuários se sentissem à vontade no Vista. Uma série de atualizações e Service Packs corrigiram boa parte dos problemas mais graves do software, mas isso não apagou a mancha no currículo do produto.

Saudade ou “já vai tarde”?
Eventualmente, muita gente passou a acreditar que o Windows 7 era o Vista que a Microsoft não conseguiu fazer anteriormente. A fórmula-base parece ter dado certo, uma vez que o 7 é a versão mais popular do Windows atualmente, detendo quase 50% do mercado de desktops. E aí, qual foi a sua experiência com o Windows Vista? Acredita que ele foi um produto malcompreendido? Costuma usá-lo até hoje? Trocou assim que o 7 saiu? Deixe a sua opinião sobre o tema mais abaixo, na seção de comentários.

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