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Parceiro de Larissa Pereira no JN, Matheus Ribeiro pede demissão de afiliada da Globo e revela corte salarial e desrespeito

"Estou infeliz com este ambiente de trabalho, me sinto desrespeitado, menosprezado e subutilizado', disse Matheus Ribeiro na carta do pedido de demissão à TV Anhanguera.

Parceiro de Larissa Pereira no JN, Matheus Ribeiro pede demissão de afiliada da Globo e revela corte salarial e desrespeito

O jornalista enviou uma carta para Brenda Freitas, chefe da redação da TV Anhanguera, e disse que a forma como estava sendo tratado na emissora, com restrições, imposições e ilegalidades foram as responsáveis pela sua decisão inesperada. — Foto:Reprodução/Redes Sociais Matheus Ribeiro

Matheus Ribeiro jogou suas queixas no ventilador e expôs uma crise no Jornalismo da afiliada da Globo em Goiás, a TV Anhanguera. O agora ex-global deu detalhes dos motivos que levaram o anúncio da sua demissão e incluiu episódios polêmicos com os seus superiores.

Ele apresentaria o Jornal Nacional novamente no mês de maio, assim como Larissa Pereira, representante da Paraíba no JN. Contudo, a pandemia do novo coronavírus cancelou o rodízio com apresentadores das afiliadas. Agora também soma-se, a esse fator, a demissão de Matheus.

O jornalista enviou uma carta para Brenda Freitas, chefe da redação da TV Anhanguera, e disse que a forma como estava sendo tratado na emissora, com restrições, imposições e ilegalidades foram as responsáveis pela sua decisão inesperada.

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Em seguida, o famoso deu exemplos que motivaram seu pedido de demissão, como uma advertência e a diminuição do seu salário sem aviso prévio. “Há um mês, você [Brenda] mandou o chefe de redação aplicar uma advertência a mim por causa de uma foto com a moça com quem faço massagem, com o argumento de que isso seria ‘publicidade’”, contou.

“Você mandou cortar meu salário sem me avisar, após fazer pressão para cumprir uma carga-horária que, na prática, nunca existiu”, afirmou Ribeiro, que continuou com uma crítica sobre o valor do salário: “Se havia horas-extras contratuais no meu salário, isso foi um cambalacho que a própria empresa arrumou para compensar o salário ínfimo que sempre me foi pago”.

No final da carta, Matheus Ribeiro deu a entender que seu retorno à TV estava praticamente descartado. “Apresento o jornal de maior audiência de Goiás há cinco anos. O meu futuro é hoje. Para mim, a TV ficou no passado”, anunciou.

Confira a carta na íntegra

“Brenda,

Diante de todos os fatos das últimas semanas, irei solicitar a rescisão indireta do meu contrato de trabalho com a emissora.

A forma como venho sendo tratado aqui, as restrições que vêm sendo impostas, as ilegalidades que foram cometidas e o tratamento incompatível à minha entrega como âncora do principal jornal da casa me obrigam a tomar essa decisão.

Você sabe, mas não custa lembrar:

1) Há um mês, você mandou o chefe de redação aplicar uma advertência a mim por causa de uma foto com a moça com quem faço massagem, com o argumento de que isso seria “publicidade”. Além da estultice na interpretação (já que tenho dezenas de fotos com a dona Elna, nossa maquiadora, e isso nunca foi visto como divulgação alguma), a emissora parece não saber o valor de seu profissional. Eu não faria publicidade por uma massagem que custa 100 reais. Postei a foto porque é alguém que eu gosto e redes sociais servem para compartilharmos nosso dia a dia.

2) Você mandou cortar meu salário sem me avisar, após fazer pressão para cumprir uma carga-horária que, na prática, nunca existiu. Se havia horas-extras contratuais no meu salário, isso foi um cambalacho que a própria empresa arrumou para compensar o salário ínfimo que sempre me foi pago. Nem eu, nem os demais colegas do Jornalismo temos a obrigatoriedade de bater ponto, devido às mudanças diárias feitas nos nossos horários. Está documentado. Mesmo assim, ilegalmente, usaram o controle de acesso da catraca como argumento. Se eu mesmo disse que o caminho era cortar essas horas-extras, esperava uma postura sensata da direção, em respeito à minha dedicação e história na casa. Com colegas que exercem funções inferiores à minha e não entregam o mesmo resultado que eu entrego ganhando salários acima de 15 mil reais, a TV me pagar um salário de R$ 3.900,00 é acintoso.

3) A pressão para que eu deixasse de exercer atividades na minha empresa que sequer têm conflito ético com minha atuação jornalística. Há mais de um ano, você e demais diretores têm total ciência de que minha empresa comprava mídia para alguns clientes aqui no grupo. Considerava até que isso era bem visto, já que informei que não havia outros veículos de comunicação nos planos de mídia desenvolvidos pela minha agência: sempre trouxe a verba de meus clientes para esta empresa, pela qual sempre tive gratidão e apreço. O pedido do Ronaldo para que eu fizesse uma escolha entre o jornal e os meus contratos de mídia foi desrespeitoso, já que sempre houve conhecimento pleno das atividades que desenvolvo, algo que está documentado com contratos, e-mails, cartas de credenciamento, notas fiscais e até brindes que ganhei por ser proprietário de agência.

4) Por fim, mas não menos lastimável, esse cabresto ridículo que a direção deseja impor sobre minha atuação nas redes sociais, algo que foi e é bastante explorado pela emissora para beneficiar seus produtos. Tenho o maior número de seguidores entre os nossos colegas, minhas redes superam as da própria emissora, tenho uma relação legal com o meu público, converto isso em resultados para o jornal… Me proibir de fazer uma live para conversar com meus amigos e bater papo com os seguidores beira a censura desmotivada, pelo simples prazer de exercer o poder.

Some a tudo isso problemas mais antigos, que jamais foram “lembrados” nas nossas conversas, como o fato de eu apresentar o jornal há anos e ter no meu contrato a função de repórter.

Eu cheguei aqui um menino, cru e precisando aprender. Sou muito grato pelas oportunidades que me foram dadas e creio que demonstrei isso por um bom tempo. Tenho certeza de que já retribui tudo o que a empresa fez por mim. Só que há tempos essa relação está desigual e tóxica. Estou infeliz com este ambiente de trabalho, me sinto desrespeitado, menosprezado e subutilizado.

Gostaria, apenas, de entender qual a motivação de uma postura tão beligerante, arbitrária e exagerada em relação à mim. Fico curioso e intrigado para entender o porque da perseguição, dessa necessidade de colocar rédeas… Alguma atitude minha gerou essa necessidade? Algo está incomodando a ponto de gerar isso tudo?

Preferências pessoais à parte, sou um profissional que cumpre suas funções e entrega resultados além do esperado. Não custa lembrar que, com o trabalho de um time extremamente competente do qual tenho orgulho de fazer, o JA2 alcançou recentemente uma das suas maiores audiências da história. Recorde que, caso não lembre, batemos outras vezes desde que comecei a apresentar.

Ouvir, como ouvi do Ronaldo, na sua frente, que tenho “um grande futuro pela frente na empresa” é incompatível com a realidade. Apresento o jornal de maior audiência de Goiás há cinco anos. O meu futuro é hoje. Para mim, a TV ficou no passado.

Atenciosamente,

Matheus Ribeiro”.

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