Em Campina Grande

Incompetência administrativa e o descontrole financeiro marcam a gestão de Romero Rodrigues

O descontrole financeiro da prefeitura administrada pelo tucano pode ser observado pelo Sistema de Acompanhamento da Gestão dos Recursos da Sociedade

Incompetência administrativa e o descontrole financeiro marcam a gestão de Romero Rodrigues

Déficit na Prefeitura na administração de Romero Rodrigues é superior a R$ 50 mi — Foto:Walla Santos

A menos de dez meses do término do mandato, o prefeito Romero Rodrigues (PSDB) continua patinando na incompetência administrativa e na falta de compromisso com o bem estar da população campinense. “Falta realização no presente e não há planejamento para o futuro”, assegura um servidor concursado da prefeitura.

O desastre do gestor de Campina Grande é verificado principalmente nos números. Desde que assumiu a Prefeitura em janeiro de 2012, Romero fez com que as contas da ‘Muda’ caíssem de bico no vermelho empurrando o município para a degradação econômica.

O descontrole financeiro da prefeitura administrada pelo tucano pode ser observado pelo Sagres (Sistema de Acompanhamento da Gestão dos Recursos da Sociedade) do Tribunal de Contas do Estado. Em 2015, por exemplo, a Prefeitura de Campina Grande vai fechar o ano como uma dívida superior a R$ 50 milhões. De acordo com os dados, no ano passado foram empenhados R$ 388.859.890,36 e pagos apenas R$ 338.826.925,71.

O rombo pode ser superior ao registrado pelo Sagres, a Prefeitura ‘esqueceu’ de informar ao TCE alguns setores como Limpeza Urbana e as contas do Instituto de Previdência do Município (IPSEM).

Enquanto joga as contas da Prefeitura no mundo sombrio do esquecimento, Romero Rodrigues se mostra competente na ciência do raciocínio lógico quando o tema é ‘dar guarida’. Na medida em que encurtam os dias de realização das eleições municipais cresce o número de afilhados de Romero na folha de pagamento. São exatos 3.549 apadrinhados, divididos entre comissionados (338) e contratados por excepcional interesse público (3211). A maior parte encontra abrigo na Secretaria da Educação, Esporte e Cultura.

O número apresentado ao Sagres é relativo a novembro do ano passado, e corresponde a mais de 65% do total de efetivos, que são 5613.  As indicações políticas abocanharam até novembro, R$ 38.220.090,30, algo equivalente a 1/5 da folha total de pagamento, incluindo os honorários do prefeito e do vice que recebem, juntos, 32 mil reais por mês. 

 O prefeito também não se fez de rogado no pagamento de diárias, passagens e locomoção. Em 2015, a prefeitura desembolsou R$ 240.086,94 para cobrir as despesas dos viajantes.  

O outro lado

O secretário de Administração da Prefeitura de Campina Grande, Paulo Roberto Diniz, não soube esclarecer o déficit superior a R$ 50 milhões da Prefeitura de Campina Grande, em 2015. “Fica difícil fazer qualquer avaliação sem os documentos em mãos”, esclarece.

Paulo Roberto arrisca a informar que muitas das contas foram liquidadas, quando a empresa emite a nota, mas não foi efetuado o pagamento no ato da emissão. “Geralmente esse pagamento leva certo tempo”, informa. 

Paulo Roberto Diniz tem absoluta certeza de que: ‘Não há cobranças e não houve comprometimento no andamento dos serviços’.

Em relação ao número de contratados por ‘excepcional interesse público’, o secretário justifica como ato de economia e transparência. Segundo ele, até 2012 a metodologia usada era outra. Havia três empresas para efetivar a contratação de pessoal. “O valor do contratado, através dessas empresas, era superior a até três vezes o que se paga atualmente e não aparecia na folha de pagamento da Prefeitura”, informa.
 
Ainda de acordo com Paulo Roberto, a maioria dos contratos de pessoal feito pela gestão Romero Rodrigues é oriundo da Maranata, uma das empresas utilizadas pelo gestor anterior para contratar pessoal.     

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