Mistério

Pesquisadores da UEPB confirmam gravuras rupestres na Pedra de Retumba, no Seridó paraibano

Depois de intensa atividade arqueológica, no último dia 24, a equipe encontrou os primeiros sinais gráficos do que é a Pedra de Retumba.

Pesquisadores da UEPB confirmam gravuras rupestres na Pedra de Retumba, no Seridó paraibano

A Pedra de Retumba tornou-se famosa porque foi desenhada pelo engenheiro de minas, Francisco Retumba, no ano de 1886. — Foto:Reprodução

Uma equipe de pesquisadores, liderada pelo professor e arqueólogo Juvandi Santos, do Departamento de História da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), está desvendando um mistério secular que rondava a enigmática Pedra de Retumba, na cidade de Pedra Lavrada, após solicitação, junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), de autorização para ser realizado o salvamento arqueológico da Pedra de Retumba, local apontado pela população local como possuidor de gravuras rupestres.

Depois de intensa atividade arqueológica, no último dia 24 de fevereiro, a equipe encontrou os primeiros sinais gráficos do que é a Pedra de Retumba.

“Muito ainda falta para expor todo o imenso painel, pois é uma atividade demorada, mas já está comprovado que a Pedra de Retumba de fato existe e está ali, no riacho Canta Galo, em Pedra Lavrada, pronta para a contemplação de seus belos registros gráficos, tornando-se, junto com a Itacoatiara do Ingá, um dos sítios arqueológicos mais importantes do Brasil”, disse Juvandi.

A Pedra de Retumba tornou-se famosa porque foi desenhada pelo engenheiro de minas, Francisco Retumba, no ano de 1886. Este engenheiro foi contratado pelo Governo da então Província da Paraíba para realizar prospecções de minerais pelo interior. Se deparando com um magnífico sítio arqueológico, rico em gravuras rupestres, o engenheiro fez um desenho minucioso do local, tornando-se uma importante referência acerca da existência do sítio.

Nos anos 1920, o autodidata José de Azevedo Dantas, de Carnaúba dos Dantas, no Rio Grande do Norte, esteve em Pedra Lavrada e descreveu o monumento arqueológico pré-histórico. Porém, o sítio foi assoreado por detritos provenientes de enxurradas na região e por rompimentos de barragens construídas a montante do sítio. Desde então, a história deste sítio, conforme destacou professor Juvandi, foi sendo repassada de geração a geração, virando um grande mito.

O docente lembra que a Paraíba é um dos estados do Brasil que apresentam gigantesca quantidade de sítios arqueológicos, sendo a primeira referência sobre a existência de sítios arqueológicos de arte rupestre no Brasil, em fins do século XVI. Aqui, conforme salienta o arqueólogo, se encontra o sítio arqueológico de arte rupestre mais importante do Brasil e um dos mais conhecidos do mundo, que é a Itacoatiara do Ingá.

Participaram das atividades, além de grupos de trilheiros do Seridó da Paraíba e a população local de Pedra Lavrada, alunos dos cursos de História e Geografia da UEPB: Dennis Motta Oliveira (Geografia EaD), Antônio Marcos Pereira (Geografia), Thalles Renan, Karen Nadja de Souza Morais, Ian Cordeiro e Lucas Ramon (do Curso de História do Câmpus de Campina Grande.)

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