Entre as ações, está prevista a instalação de três novas oficinas em penitenciárias localizadas em João Pessoa, Campina Grande e Guarabira. — Foto:Reprodução
Governo do Estado está ampliando ações e parcerias para reduzir o retorno de pessoas aos presídios, combater o déficit de vagas no sistema penitenciário e, sobretudo, reintegrar os egressos ao convívio social. Para tanto, vem investindo em projetos de ressocialização nas unidades prisionais. São ações nas áreas de saúde, educação, trabalho, cultura e família, os cinco eixos da política estabelecida pelo governo em benefício das pessoas privadas de liberdade e dos egressos.
Norteados pelas diretrizes do Governo do Estado, por meio da Gerência Executiva de Ressocialização da Seap, sob a supervisão do secretário Sérgio Fonseca de Sousa, os gestores de penitenciárias e cadeias públicas estão empenhados e conduzem com entusiasmo as inúmeras experiências que resultam em mudança de vida de mulheres e homens que acreditam e querem recomeçar no mercado de trabalho.
Ampliar a oferta de qualificação profissional de reeducandos e das oficinas produtivas no Sistema Penitenciário, oportunizar a empregabilidade remunerada e possibilitar a redução dos índices de reincidência nas unidades prisionais, são o foco do Governo nesta área.
Entre as ações, está prevista a instalação de três novas oficinas em penitenciárias localizadas em João Pessoa, Campina Grande e Guarabira. Serão implantadas uma marcenaria, uma serralheria e uma fábrica de colchões, com investimentos superiores a R$ 900 mil. Inicialmente serão capacitados 60 reeducandos que se tornarão agentes multiplicadores ensinando as profissões a outros apenados.
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Entre os projetos de ressocialização nas unidades penais, destacam-se os que são executados na Colônia Penal de Sousa, Sertão paraibano, onde 62% dos reeducandos (132 dos 210 apenados) têm ocupação em projetos que apontam o caminho da reintegração social.
“Temos um projeto em parceria com a Carreiro Sports para a fabricação de bolas que atende 34 presos. Construímos e inauguramos, com o apoio da Vara das Execuções Penais (VEP) de Sousa, uma biblioteca e implantamos a remissão por leitura que hoje atende a 23 presos. Temos uma horta para o cultivo de hortaliças e também plantações de feijão e abóbora”, pontua o diretor da unidade, Charles Martins de Souza, que divide com o vice-diretor Messias Silva a coordenação dos trabalhos de ressocialização, além das atividades operacionais da Colônia Penal.
Nos últimos tempos a unidade ganhou duas novas salas de aula e o número de reeducandos que estudam passou de 25 para 54 nos ensinos fundamental e médio. Foi criada uma horta onde também se colhe feijão e abóbora no inverno. A Colônia passou por ações de limpeza, pinturas, recuperação de calçamentos e melhoria da alimentação feita com a participação de 20 presos que atuam nos trabalhos de manutenção da Unidade.
O diretor Charles revela que as diversas ações de ressocialização têm reduzido significativamente a ocorrência de faltas graves e ilicitudes na unidade com números que impressionam. “Essa direção, de posse disso, reforça sua crença onde a ocupação através de projetos como esses aqui citados é o caminho para a difícil tarefa de ressocializar, mas que deve ser uma prioridade para a manutenção da ordem e disciplina numa unidade prisional”, observou. Em fevereiro, acontecerá uma exposição de artesanato produzido pelo reeducandos.
Parceiros e apoiadores
Diversos projetos não se tornariam realidade sem os parceiros e apoiadores da Secretaria de Estado da Administração Penitenciária. “Um deles é a Justiça, através da Vara das Execuções Penais de Sousa, com a juíza titular Caroline Silvestrini, que comunga do pensamento com seu espírito humano aliado ao profissionalismo e tem sido o nosso diferencial tornando viável não só essa filosofia de ressocializar, como também nos ajuda no tocante a melhorias estruturais com projetos como cerca elétrica, iluminação entre outros e também o poder público municipal, que sempre nos ajuda com os serviços de diversas secretarias. Não podemos esquecer da Carreiro Sports de Patos empresa amiga que nos atende com a fabricação de bolas”, afirmou o diretor da Colônia Penal.