Após ter aprovado a comercialização de medicamentos a base de maconha, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) rejeitou e arquivou nesta terça-feira (3) a decisão sobre o cultivo de maconha para fins medicinais no Brasil. Foram 3 votos a 1 contra a proposta.
O único que votou favorável ao cultivo foi William Dib. A maioria dos diretores aprovou o voto em separado de Antonio Barra, único diretor da agência que foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro.
Segundo os votos que arquivaram a proposta, o do diretor Antônio Barra alegou que os órgãos competentes não se envolveram adequadamente no tema. “Há fragilidades muito sérias no quesito segurança. Trata-se de um insumo que no Brasil é disputado, perseguido. Há que se ter um aparato de segurança para evitar desvios, infelizmente não havia isso no processo. Certamente os laboratórios de outros países que possuem essa política a desenvolvem com regras de segurança bastante satisfatórias”.
Alessandra Bastos e Fernando Mendes acompanharam o voto de Barra.
Com a proibição do cultivo, as fabricantes precisarão importar o extrato de cannabis. A regulamentação aprovada pela Anvisa prevê que a importação da matéria-prima seja semielaborada, e não da planta ou de parte dela.