Um médico que trabalha nas prefeituras de Campina Grande, de Ingá e de Queimadas, e ainda atua como professor do Magistério Superior na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) é alvo de inquérito civil do Ministério Público da Paraíba, por suposta acumulação de cargos públicos. Ao todo, o médico recebe por mês remunerações que somam R$ 41.305,48 do serviço público.
O médico Antônio Henriques de França Neto também é primeiro vice-presidente do Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) e coordenador do curso de Medicina da Unifacisa, em Campina Grande.
A Promotoria de Justiça Regional de Campina Grande do Patrimônio Público, Fundações e Terceiro Setor instaurou o inquérito civil para apurar denúncia contra o médico Antônio Henriques de França Neto, por “suposto desrespeito ao teto do funcionalismo público e à acumulação de cargos públicos”.
A portaria Nº 84/2019 de instauração do inquérito civil N.º 003.2019.002601 foi publicada no Diário Eletrônico do MPPB, ontem (17), assinada pelo promotor de Justiça Francisco Bergson Gomes Formiga Barros.
De acordo com o Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, como médico em Campina Grande, o profissional recebe salário de R$ 28.547,74, e mais R$ 4 mil em Ingá por contratação excepcional, com outros R$ 6.315,08 em Queimadas, também mediante contratado excepcional.
Também há informação sobre o exercício do magistério na UFCG, mas consta no site do TCE como matrícula ‘nulo’ e o vínculo ativo permanente. A remuneração seria de R$ 2.442,66.
O Portal ClickPB entrou em contato com a instituição onde o médico atua para ouvi-lo, mas não conseguiu falar com ele, de forma que aguarda resposta a e-mail encaminhado com o questionamento.