Cléo e Sarah, cães farejadores dos bombeiros de São Paulo — Foto:Reprodução
Dois cães farejadores de São Paulo ainda participam das buscas em Brumadinho, em Minas Gerais. Após o cansaço dos cachorros mineiros, Cléo e Hope foram enviadas a Minas no final de março para ajudar na operação. Elas vão ficar até quinta-feira (25), quando a tragédia completa três meses. Segundo a Defesa Civil de Minas, 231 mortes foram confirmadas e ainda há 41 desaparecidos.
Cléo já havia participado dos trabalhos junto com Sarah, no início de fevereiro. Os animais são do Canil do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar de São Paulo, referência em localização de pessoas em desastres. “A ação humana e a tecnologia não vencem a sensibilidade dos cães”, afirma o tenente-coronel Marcelo César Carnevale, comandante do 1° Grupamento do Corpo de Bombeiros de São Paulo, sediado no bairro Ipiranga.
O canil é formado por cadelas porque elas possuem mais células responsáveis por sentir odores do que os machos, o que aumenta a precisão nesse tipo de trabalho, explica o sargento Ricardo Oliveira dos Santos. O bombeiro esteve em Brumadinho com a Moly, de um ano e quatro meses, a cadela do qual é responsável e treinador.
“As equipes territoriais faziam as buscas e, quando suspeitavam de algum local específico, chamavam o nosso grupo para que os nossos cães vasculhassem e apontassem a presença de pessoas”, conta o sargento. “É impossível descrever a emoção de poder ajudar e ver o olhar e os bilhetes de agradecimento dos mineiros.”
Além de São Paulo, auxiliam Brumadinho com o envio de cães Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso e Rio de Janeiro.